22 plataformas fixas aguardam desinvestimento da Petrobras

Plataforma FPSO de Ubarana 3
Plataforma FPSO de Ubarana 3
Plataforma de Ubarana 3
Plataforma de Ubarana 3 está parada

A Petrobras possui 22 plataformas fixas com produção paralisada na área dos campos em águas rasas que estão em seu Plano de Parcerias e Desinvestimentos. São 15 unidades de produção no estado de Sergipe, cinco no Rio Grande do Norte e duas no Ceará, que aguardam seu destino após a venda dos campos maduros offshore da empresa no Nordeste.

Os campos de Caioba, Camorim, Dourado, Guaricema, Tatui, na Bacia de Sergipe, são os que concentram o maior número de plataformas paradas para venda. São ao todo 25 unidades de produção, sendo 15 atualmente paradas. As sete plataformas que operaram produziram no primeiro semestre do ano uma média de 5 mil barris por dia de petróleo, média de 714 barris por dia por plataforma.

A Petrobras está vendendo em Sergipe todas as plataformas, dutos de exportação, uma estação de tratamento de petróleo onshore, assim como uma planta de gás natural . A empresa diz no teaser de venda do projeto que existem diversas oportunidades exploratórias para os campos, mas está tentando licenciar poços para os projetos há dez anos, sem ter sucesso.

Na parte offshore da Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte, a Petrobras está vendendo os campos de Ubarana, Cioba, Oeste de Ubarana, Agulha, que no primeiro semestre produziram 3.729 barris de óleo equivalente por dia. A empresa também está vendendo os campos de Pescada e Arabaiana, onde a Ouro Preto possui participação de 35%. Os dois campos produziram no primeiro semestre uma média de 1.500 barris de óleo equivalente por dia. 

Em todo o polo potiguar existem atualmente 54 poços e 25 plataformas fixas (das quais quatro são habitadas), duas com facilidades de separação gás/líquido. Ali, cinco dessas plataformas estão com a produção paralisada. Todas as plataformas, dutos de exportação e um duto de importação de água para injeção estão incluídos na venda.

Em 2016, a ANP aprovou a extensão do contrato do campo de Ubarana até 2034. A Petrobras está implementando um programa de injeção de água no campo, com mais de 90% do capex total já investido para recompletação de poços produtores e injetores e para conversão de método de elevação de gas-lift para bombeio submerso.

Outras duas plataformas estão com a produção paralisada no Polo Ceará, onde a Petrobras está vendendo os campos de Espada, Curimã, Xareu, Atum. O Ceará, como já mostrou a E&P Brasil, pode ser o primeiro estado brasileiro a ter sua produção offshore totalmente privada.