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Preços do petróleo são negociados em queda de mais de 20% nesta segunda (9), após o colapso do acordo entre países membros da OPEP e a Rússia. Na abertura dos mercados, os futuro do Brent chegaram a US$ 31,02 (-31,47%) e o WTI americano a US$ 27,83 (-32,95%). Pela manhã, preços giram em torno de US$ 35 e US$ 32, respectivamente.
— Ontem, a Arábia Saudita anunciou que iria aumentar a produção e aplicar descontos na venda do óleo, visto como início de uma guerras de preços. O movimento saudita ocorre após a Rússia se recusar a participar de um novo acordo para controle de produção, na tentativa de conter a queda de preços provocada pelo coronavírus.
— Adicionando mais tensão ao mercado, o Ministério da Economia da Rússia anunciou nesta segunda (9), que o fundo soberano do país têm recursos suficientes para suportar a queda dos preços para US$ 25 a US$ 35 por barril, durante seis a dez anos. RT
— O Financial Times apurou que pesou na decisão da Rússia, de não participar de um novo acordo, a oportunidade de reduzir a força da produção doméstica dos EUA, interrompendo o controle de preços, que beneficiava os produtores de óleo não convencional (shale e tight oil) americanos.
A Agência Internacional de Energia (IEA), estima que, pela primeira vez desde 2009, a demanda por petróleo vai cair em 2020, recuando em 90 mil barris/dia – um corte de 1,1 milhão de barris/dia frente à previsão anterior.
— Em meio a redução na demanda global, devido a à contaminação pelo novo vírus, o mercado para membros do cartel encolheu em fevereiro. A IEA estima que a demanda total ficou estável, em 100 mil barris/dia, com avanço do suprimento por países que não fazem parte da OPEP (+2,4 milhões de barris/dia).
— A previsão incorpora cenários de grande incerteza quanto à capacidade de contenção do coronavírus nas principais economias do mundo.
— Nestes cenários, a IEA aponta para o risco de colapso na demanda por óleo, com queda de 730 mil barris/dia (mais pessimista) e a possibilidade de a China retomar a atividade e o vírus não seguir avançados nos EUA e Europa, o que elevaria a demanda em 480 mil barris/dia (mais otimista).
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No Brasil, persistindo o patamar de US$ 30 por barril, a expectativa é de redução nos preços dos combustíveis cobrados pela Petrobras, que vem executado uma política de repasses dos cortes internacionais para o mercado doméstico.
— A queda na demanda pode afeta as exportações e o faturamento da Petrobras e empresas que produzem no Brasil – mesmo com a alta do dólar, o petróleo vale menos hoje do que valia no fim de 2019 (Brent a U$ 63 e dólar a US$ 4,12)
— Até o fim de fevereiro, não havia sido registrado um impacto significativo nas exportações. O mercado da China reduziu compras em um ritmo inferior ao esperado – importações totais, não apenas de óleo, do país caíram 4% nos dois primeiros meses do ano, frente a previsões de recuo de 15% – e a Petrobras vinha diversificando os destinos do óleo brasileiro.
— Mas há um efeito na outra ponta: a exportações chinesas caíram 17,2% até fevereiro, na comparação anual. As restrições à saída de produtos impactam clientes, que terão as suas próprias economias afetadas pelas medidas de contenção do vírus.
As três rotas de escoamento de gás natural do pré-sal da Bacia de Santos serão incorporadas em uma empresa privada, com participação da Petrobras, para a eventual venda de seu controle acionário, por meio de uma oferta pública de ações na B3. Informações da diretora de Gás e Refino da Petrobras, Anelise Lara.
— “Esperamos até o fim do ano ter a empresa formada e eventualmente podemos ir ao mercado ano que vem para encontrar um sócio e investidor ou abrir a empresa no mercado de capitais”, afirmou, durante teleconferência com jornalistas, na sexta (6).
— A Petrobras tem duas rotas de escoamento de gás operacionais na Bacia de Santos (rotas 1 e 2) e finaliza a Rota 3 – se não sofrer novos atrasos – ainda em 2020, para escoar gás para a unidade de processamento em construção no Comperj (RJ).
— A Cosan está licenciando uma quarta rota para o gás do pré-sal: Um gasoduto com 313 km de extensão, sendo 294 km no mar e 19 km em terra, ligando o polo de produção do pré-sal da Bacia de Santos até a Ilha da Madeira, no Porto de Itaguaí, no Rio de Janeiro. epbr
O Ministério de Minas e Energia (MME) está pleiteando junto ao Ministério da Economia a liberação orçamentária de R$ 11,3 milhões para a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A não liberação dos recursos pela pasta comandada por Paulo Guedes pode implicar na interrupção das atividades e atribuições legais da empresa já a partir de abril.
— O ofício, que a epbr teve acesso, indica que orçamento pedido para a EPE servirá para atender ao crescimento das atividades da empresa, projetos na Amazônia, agora que o governo pretende liberar a exploração energética em terras indígenas, e até mesmo o Novo Mercado de Gás. epbr
A situação não se restringe à EPE. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) também está pedindo recursos adicionais para conseguir arcar os com o reforço do seu de pessoal. Faltam R$ 16,5 milhões no orçamento da agência para bancar a transferência de 40 profissionais, a serem cedidos pelo BNDES.
O número de multas por infração ambiental aplicadas pelo Ibama no país recuou 34% em 2019, primeiro ano do governo Jair Bolsonaro (sem partido), na comparação com 2018. É a menor quantidade em 24 anos. Folha
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