MME aprova sistemática para leilões de térmicas a gás e carvão em 2020

MME aprova sistemática para leilões de térmicas a gás e carvão em 2020

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Felipe Maciel, Guilherme Serodio e Larissa Fafá
Editada por Gustavo Gaudarde
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A sistemática para os leilões A-4 e A-5, marcados para 30 de abril, foi publicada nesta terça (28) pelo Ministério de Minas e Energia (MME). Ficou definido que a eventual compra frustrada no A-4 não será contratada no A-5.

— A EPE cadastrou 36 GW para o leilão de energia A-4 e 43 GW, para o A-5. Todos projetos termelétricos, a maioria a gás natural e alguns a carvão. Potência distribuída em 76 (A-4) e 82 (A-5) projetos – são, ao todo, 87, maioria cadastrada nos dois leilões.

— As térmicas a carvão estão na região Sul. São cinco (A-4) e sete (A-5) projetos. Para o gás, a maioria dos projetos está nas regiões Nordeste e Sudeste.

— A participação nos leilões de energia depende da habilitação, próxima etapa, sob responsabilidade da EPE, que verifica condições como garantia de suprimento do gás e licenciamento ambiental prévio.

— Os dois leilões terão terão produtos com suprimento iniciando em 2024 e 2025 e terminando em 2038 e 2039, respectivamente para A-4 e A-5.

A possibilidade de negociação de térmicas a carvão, mais poluentes, vai na contramão de movimentos globais pela substituição do combustível por gás e renováveis.

“O futuro é bio, é petróleo, é gás, é nuclear, é vento e solar, é carvão. É diversificação!”, defendeu o ministro Bento Albuquerque, semana passada, em evento na Índia. MME

— Por aqui, a justificativa tem sido a disponibilidade do combustível e desenvolvimento regional, considerado como um fator no próprio planejamento energético do país, feito pela EPE.

Aliás, a Alemanha, principal mercado de carvão da União Européia, pretende fechar todas as suas usinas. O governo tem um plano de € 40 bilhões (R$ 170 bilhões) para desativar as térmicas e usinas nucleares, com apoio programas de apoio aos setores afetados. Folha

A ExxoMobil anunciou sua 16ª descoberta no offshore da Guiana, elevando para mais de 8 bilhões de barris equivalentes (boe) de petróleo e gás o volume de petróleo encontrado no país sul-americano. A descoberta de Uaru foi a primeira de 2020 e está a 16 km do campo de Liza.

— De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), a economia da Guiana, com seus 800 mil habitantes, crescerá 86% em 2020 – 14 vezes mais que a economia chinesa. BBC Brasil

— O FPSO Liza 1, da SBM Offshore, começou a produzir em dezembro e deve atingir o pico de 120 mil barris por dia. A Exxon já encomendou o segundo FPSO com a SBM Offshore, para 2022 – as empresas têm um acordo de longo prazo.

— A nova descoberta coloca o projeto da ExxonMobil no nível do campo de Lula, operado pela Petrobras no pré-sal da Bacia de Santos, que também possui 8 bilhões de boe recuperáveis. Lula é o maior campo brasileiro, com produção de mais de 1 milhão de barris por dia.

— Apache e Total confirmaram, recentemente, uma descoberta no offshore do Suriname, associada ao sistema petrolífero na Guiana. A perfuração confirmou a presença de óleo leve, em lâmina d’água de mil metros. epbr

Equinor declarou a comercialidade de Carcará, no pré-sal da Bacia de Santos, etapa que marca a mudança para a fase de desenvolvimento da produção. O campo delimitado no BM-S-8 (concessão) foi rebatizado para Bacalhau; e Norte de Carcará (partilha), para Bacalhau Norte.

Brasil e EUA devem estreitar a cooperação no setor nuclear. O secretário de Energia dos Estados Unidos, Dan Brouillette, vai ao Rio de Janeiro para a primeira reunião ministerial do Fórum de Energia Brasil-Estados Unidos (USBEF), em fevereiro.

— Brouillette e o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, vão formalizar a cooperação entre o Instituto de Energia Nuclear (NEI) e a Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN). epbr

A Brookfield recebeu aval do Cade para comprar a Alex New Energies, que negociou a energia de nove usinas de fonte solar fotovoltaica no Ceará, em 2018. A compra da totalidade das ações da Alex New Energies e de suas SPEs será feita por meio da Lethe Energia do grupo Brookfield.

Nicolás Maduro estaria disposto a privatizar reservas da Venezuela, para tentar tirar o país do colapso econômico. Segundo informações da Bloomberg, representantes de Maduro apresentaram a oferta de participações majoritária em campos estatais às empresas Rosneft, Repsol e Eni.

— Negócios estariam sujeitos às sanções americanas, mas a agência cita a possibilidade de uma negociação com a Casa Branca, por meio Juan Guaidó, liderança opositora, apoiado por Washington. Valor

Os preços do Brent no mercado futuro recuaram 2,19% na segunda (27), fechando a US$ 58,58. Nesta terça (28), mínima de US$ 57,90.

— Exportadoras brasileiras perderam R$ 50 bilhões em valor de mercado na no pregão de ontem, na B3, aponta levantamento do Estadão. Os papéis de Vale, Petrobrás, Gerdau, CSN e Suzano desvalorizaram R$ 42 bilhões; e JBS, BRF, Marfrig e Minerva despencaram R$ 8 bilhões.

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