Investimentos globais em energia podem cair 20%, com queda mais profunda no setor de óleo

Fatih Birol, Executive Director, International Energy Agency, Paris speaking during the Session "A New Era for Energy Politics" at the Annual Meeting 2018 of the World Economic Forum in Davos, January 23, 2018.

Copyright by World Economic Forum / Manuel Lopez
Fatih Birol, Executive Director, International Energy Agency, Paris speaking during the Session "A New Era for Energy Politics" at the Annual Meeting 2018 of the World Economic Forum in Davos, January 23, 2018. Copyright by World Economic Forum / Manuel Lopez

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Felipe Maciel, Guilherme Serodio e Larissa Fafá
Editada por Gustavo Gaudarde
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Investimentos globais no setor de energia podem cair para US$ 1,5 trilhão em 2020, uma queda de mais de 20% em relação ao ano passado (US$ 1,9 trilhão), de acordo com análise da Agência Internacional de Energia (IEA).

— O setor de óleo tende a ser o mais atingido: novos investimentos em suprimento de combustíveis, que inclui downstream, podem chegar a US$ 595 bilhões, ante US$ 854 bilhões em 2019 (-43%).

— “A velocidade e a escala da queda na atividade de investimento em energia no primeiro semestre de 2020 não têm precedentes. Muitas empresas restringiram os gastos; os trabalhadores do projeto foram confinados em suas casas; os investimentos planejados foram adiados, diferidos ou arquivados; e cadeias de suprimentos interrompidas”, resume o relatório, disponível em inglês.

— Os efeitos também são distribuídos de foram diversa no mundo. Nos EUA, exposição ao setor de óleo pode levar a uma mais profundas (-25%) nos investimentos quando comparado à China (-12%), onde o impacto está maios associado à demanda interna, fortemente impactada, mas em recuperação.

— Na Europa, queda estimada em 17%, com mais resiliência em projetos de distribuição e transmissão de energia, eólica e solar, enquanto impacto será mais sentido na geração solar distribuída e nos setores de petróleo e gás.

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Petrobras eleva preços do diesel em 7% na média da entrega para as distribuidoras, a partir desta quarta (27). No acumulado do ano, a redução do preço é de 35,4% – chegou a cair mais de 40%.

— “À exceção de 2020, com as fortes reduções que praticamos, os preços médios de diesel têm ficado acima deste valor [R$ 1,51 por litro] desde julho de 2017”, informou a empresa

— Gasolina sobe 5% para R$ 1,32 por litro. No acumulado do ano, a redução do preço é de -30,9%. Preços médios de gasolina têm ficado acima deste valor desde agosto de 2017.

— No Valor, destaque para os reajustes em maio: “depois da queda nos últimos meses, os preços da gasolina, nas refinarias, já acumulam uma alta de 44,9% no mês, enquanto o diesel subiu 15,5%. A variação mais recente, contudo, ainda não chegou ao consumidor final, que se beneficia da baixa acumulada no ano”.

A Petrobras interrompeu temporariamente a produção em 14 campos terrestres, localizados nos estados do Rio Grande do Norte, Sergipe e Bahia, com impacto de cerca de 200 barris por dia na produção de óleo total da companhia.

— “Nenhum trabalhador da Petrobras foi demitido em razão da hibernação ou da interrupção temporária da produção. Os empregados foram realocados em outras áreas da companhia”, informou em nota à epbr. Campos de águas rasas forma hibernados.

Os preços do petróleo recuam nesta quarta, após Donald Trump afirma que está trabalhando em uma “forte resposta” à proposta da China de uma lei de segurança para Hong Kong, informa a Reuters

Plinio Nastari, presidente da Datagro e representante da sociedade civil no CNPE, publica artigo na Folha defendendo o julgamento do STF sobre o dano causado por políticas de controle de preços entre 1984 e 1989.

— O petróleo Brent recuava US$ 0,53, ou 1,47%, a US$ 35,64 por barril, às 8:20 (horário de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos caía US$ 0,38, ou 1,11%, a US$ 33,97 por barril.

— “A questão é se o dano deve ser calculado pela perda de receita, advinda da ação direta do governo ao definir preços em desacordo com os custos médios do setor, ou se o dano deve ser calculado pela verificação do eventual prejuízo contábil de cada usina, o que implicaria incorporar na avaliação variáveis completamente independentes do fato gerador do dano”, escreve em STF julga efeitos tóxicos da intervenção do Estado sobre preços.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu nesta terça (26) que o empréstimo oferecido às distribuidoras de energia pode chegar a R$ 16,1 bilhões, superando a expectativa inicial.

— Os diretores aprovaram que o empréstimo também poderá ser usado para cobrir os reajustes tarifários deste ano para distribuidoras nas regiões Norte e Nordeste, que eram operadas pela Eletrobras e foram privatizada pelo governo federal, durante a presidência de Michel Temer. epbr

Casos de covid-19 se espalham pelos campos de petróleo do Brasil, publica O Globo nesta quarta (27). “Juntamente com a mineração e o empacotamento de carnes, a produção de petróleo está sob escrutínio durante a pandemia, pois os funcionários são forçados a trabalhar, dormir e comer em áreas confinadas”, informa o jornal.

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