Congresso

'Não existe conciliação para questão técnica', diz Marina sobre Foz do Amazonas

Ministra do Meio Ambiente afirmou que parecer da AGU não muda entendimento do Ibama sobre exploração de óleo e gás na Margem Equatorial

'Não existe conciliação para questão técnica', diz Ministra do Meio Ambiente e Clima, Marina Silva (Rede), durante audiência na CMA, no Senado (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
Ministra do Meio Ambiente e Clima, Marina Silva, durante audiência na CMA, no Senado (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), afirmou nesta quarta-feira (23/8) que o entendimento do Ibama sobre a exploração de óleo e gás na Foz do Amazonas não muda após o parecer da AGU afirmando que a AAAS não é necessária.

Marina também afirmou que a Câmara de Mediação e de Conciliação da Administração Pública Federal (CCAF) não é o órgão indicado para resolver o licenciamento.

“Não havia uma controvérsia entre o Ministério do Meio Ambiente e o Ministério de Minas e Energia, porque nós nunca dissemos que era condicionante. E digo, questões técnicas, não existe conciliação para questão técnica”, disse a ministra durante audiência pública na Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado, transmitida pela agência epbr. (Veja a íntegra da transmissão acima)

“Isso aí eu não tenho como dizer diferente, porque eu não posso botar em uma rodada de conciliação a Anvisa para decidir, por decisão política, administrativa, o que for, se aquele remédio é tóxico ou não é tóxico. A mesma coisa é os processos técnicos de licenciamento do Ibama.”

Na terça-feira (22/8) a Advocacia-Geral da União (AGU) emitiu um parecer que contraria o Ibama e afirma que a Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS) “não é indispensável e tampouco pode obstar a realização de licenciamento ambiental de empreendimentos de exploração e produção de petróleo e gás natural no país”.

O bloco FZA-M-59 foi leiloado em 2013 pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), na 11ª Rodada de concessões.

Marina lembrou também de negativa anterior do órgão ambiental, em 2018, para perfuração na mesma área, quando bloco pertencia à bp.