O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ) classificou o resultado do leilão do excedente da cessão onerosa realizado nesta quarta-feira, 6, como “informação negativa” e frustrante para governadores e prefeitos. Para Maia, o setor privado “fugiu do leilão”.
“O governo tinha a expectativa de arrecadar mais de R$ 100 bilhões e foi frustrado”, disse Maia após reunião de líderes na Câmara. “Vamos ver com os analistas por que o setor privado fugiu do leilão”.
O resultado de R$ 69,96 bilhões em bônus de assinatura na venda de duas das quatro áreas postas em oferta está muito aquém dos R$ 106,5 bilhões esperados por governadores e prefeitos.
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Com a venda dos campos de Búzios e Itapu, governos estaduais e prefeituras receberão metade do valor inicialmente estimado. Os estadão terão um total de R$ 5,3 bilhões para ser distribuído – com a exceção do Rio de Janeiro, estado confrontante aos campos leiloados, que receberá mais R$ 1,1 bilhão. Municípios também serão contemplados com R$ 5,3 bilhões para rateio.
Partilha “tende a atrapalhar”
O presidente da Câmara afirmou que pretende trabalhar com o governo para corrigir eventuais ajustes para leilões futuros. Segundo ele, “o sistema de partilha tende a atrapalhar” nos certames.
“Vamos ouvir as análises e vamos ver com o governo, recebendo essas análise, como trabalhar para que o futuro não tenha o mesmo tipo de problema”.
A fala de Maia destoa da leitura positiva do resultado feita pelo governo, ANP e pela Petrobras. Após o leilão o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, o diretor-geral da agência reguladora, Décio Oddone, e o presidente da estatal, Roberto Castello Branco, foram unânime sem classificar o leilão de hoje como um sucesso.
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