De olho na eletrificação

Reino Unido mobiliza £1 bi para construção de gigafábrica de baterias para veículos elétricos

Bancos como HSBC e Société Générale investiram £ 680 milhões; outros £ 320 milhões são de financiamento privado

Brasil deve contar com quase 7 mil eletropostos operando até final de 2024 para recarga de elétricos. Na imagem: Homem opera aplicativo em celular que auxilia na recarga de veículo elétrico SUV na cor branca (Foto: Reprodução Agência de Notícias do Paraná)
Aplicativo de celular facilita recarga de veículos elétricos (Foto: Reprodução Agência de Notícias do Paraná)

O governo britânico anunciou, na última sexta-feira (9/5), a mobilização de £ 1 bilhão em investimentos para a construção de uma “gigafactory” em Sunderland, no norte da Inglaterra, que produzirá baterias para veículos elétricos (EVs). 

A fábrica, operada pela empresa japonesa AESC, deve gerar até 1.000 empregos e fornecer baterias para 100 mil carros elétricos por ano, um aumento de seis vezes na capacidade atual do país, segundo comunicado do governo.

Do total investido, £ 680 milhões virão de bancos como HSBC e Société Générale, com garantias do Fundo Nacional de Riqueza e do UK Export Finance. Outros £ 320 milhões são de financiamento privado, incluindo aportes da AESC. Além disso, o Fundo de Transformação Automotiva do governo destinará 150 milhões de libras em subsídios.

A iniciativa faz parte do Plano para Mudança do governo, que busca fortalecer as regiões industriais britânicas e consolidar o Reino Unido como uma “potência em energia limpa”.

No anúncio, a ministra das Finanças do país, Rachel Reeves, disse que o projeto “acelera a transição para veículos sustentáveis” e “oferece empregos bem remunerados no Nordeste”, região historicamente industrial.

O anúncio ocorreu um dia após um acordo comercial com os Estados Unidos que reajustou as tarifas de exportação de carros britânicos de 27,5% para 10%, beneficiando cerca de 100 mil veículos por ano.

Reeves afirmou que o acordo “salvou milhares de empregos” e que a nova fábrica “consolida a competitividade global” do setor automotivo do país.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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