BELO HORIZONTE — Em conversa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na terça-feira (2/12), o presidente Lula (PT) falou em “traficantes de combustível que moram em Miami”, disse o líder brasileiro em entrevista à TV Rede Mares, afiliada da Globo no Ceará.
Os presidentes conversaram a respeito da colaboração entre os dois países no combate ao crime organizado internacional, em meio aos avanços nesse tema no mercado de combustíveis brasileiro.
Segundo nota do Planalto, Lula mencionou as recentes operações realizadas no Brasil pelo governo federal contra o crime organizado. Trump mostrou disposição em trabalhar junto com o governo brasileiro nesse assunto.
De acordo com o UOL, Lula disse na entrevista à TV Rede Mares que “o maior traficante de combustível no Brasil”, que mora em Miami, “é um dos maiores opositores” ao projeto de lei complementar do devedor contumaz (PLP 125/2022), apresentado pelo governo.
Segundo o presidente, essa pessoa deve mais de US$ 6 milhões.
O PLP 125/2022 já foi aprovado no Senado e agora está no plenário da Câmara dos Deputados, onde aguarda relatório do deputado Antônio Carlos Rodrigues (PL/SP).
O texto cria regras gerais para a identificação e o controle de devedores contumazes, e tem como objetivo principal combater o crime organizado. O governo tem a expectativa de sancionar o projeto ainda este ano.
Lula disse, ainda, que quer “acabar com a bandidagem” e que está tentando “mexer em todos os andares do crime organizado”, desde a periferia até o funcionalismo público.
O presidente indicou que quer reforçar a atuação da Polícia Federal nas fronteiras e fazer convênios com países vizinhos para enfrentar o problema.
“Eu disse ao presidente Trump: a gente não precisa utilizar arma, a gente precisa usar a inteligência”, afirmou.
Comentou também que tem articulado a aprovação da PEC da segurança pública (PEC 18/2025), que prevê a criação de órgãos de controle e transparência autônomos.
“Eu tenho certeza de que o Congresso vai ter a grandeza de aprovar a PEC”, afirmou Lula.
O texto aguarda relatório do deputado Mendonça Filho (União/PE) na Comissão de Segurança Pública da Câmara.
