A usina termoelétrica (UTE) Novo Tempo Barcarena, negociada no leilão de energia nova A-6 desta sexta (18), faz parte de um projeto integrado de importação de gás natural liquefeito (GNL) e geração de energia, que prevê uma oferta de até 15 milhões de m³/dia de gás no Pará.
A Centrais Elétricas de Barcarena (Celba), em sociedade com a Golar Power e a Evolution Power Partners (EPP) tem planos de construir um terminal flutuante de regaseificação (FRSU) em Vila do Conde (PA), interligado à UTE Novo Tempo e à consumidores locais de gás natural. Investimento na usina é estimado em R$ 1,5 bilhão.
A venda da energia da usina é um dos pontos-chave do empreendimento, para “ancorar” o consumo de gás natural. No A-6 desta sexta (18) foram negociados 604 MW de potência, com garantia física de 584 MW, a US$ 188,95 MWh — o preço médio de venda leilão foi de R$ 176 .
Ao todo, foram contatadas três UTEs a gás natural com preço médio final de R$ 188,87/MWh e capacidade total de 734,13 MW. Dois projetos integram a produção nacional de gás natural e geração de energia: Parnaíba II, da Eneva no Maranhão, e Prosperidade II, da Imetame na Bahia.
O leilão de energia nova A-6 desta sexta (18) contratou 91 novas usinas, sendo 27 hidrelétricas, 44 eólicas, 11 solares fotovoltaicas, seis termoelétricas (UTEs) a biomassa e três UTEs a gás natural, o que soma 1.155 MW médios de energia contratada.
Hydro planeja importação pelo terminal de Bacarena
A Hydro Alunorte (Alumina do Norte Brasil) recebeu do Ministério de Minas e Energia (MME) este mês a autorização para importar gás natural liquefeito (GNL) para suas operações no Pará. De propriedade da norueguesa Norsk Hydro, a companhia opera uma refinaria de alumina na região.
O projeto importação de até 2 milhões de m³/dia de gás natural, a partir de julho de 2022, por meio do terminal de regaseificação de GNL no Porto de Vila do Conde, em Barcarena.
No Norte do país, além do projeto em Vila do Conde (PA), há um projeto potencial em Itacoatiara (AM). Foram mapeados no panorama de terminais de GNL da Empresa de Pesquisa Energetística (EPE), elaborado este ano.
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