O presidente da Mitsui Gás, Hiroki Toko, afirmou que decisão da empresa em exercer o direito de preferência na compra da parcela de 51% da Petrobras na Gaspetro vai depender de quais empresas demonstrarem interesse no negócio. O executivo participou de audiência pública na Câmara dos deputados nesta terça (13).
“Isso [o exercício da preferência] vai depender de quem quer comprar o restante e com quais intenções. Gostaríamos de examinar as outras ofertas, e se esses eventuais compradores seriam confiáveis para fazer parcerias, para então tomarmos uma decisão muito bem pensada”, explicou Toko.
O presidente também disse que a empresa respeitará a justiça brasileira e o Cade, caso a possível futura compra seja questionada. “Não temos interesse em fazer monopólio privado no mercado de gás. Se alguém disser que é, iremos parar”, garantiu.
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Hiroki Toko defendeu a margem de distribuição de distribuidoras estaduais nas quais a Mitsui participa e atribui ao valor do gás natural ao aumento do preço total do combustível no Brasil.
“A margem é determinada por contrato e há uma forma de cálculo que leva em conta os investimentos e custos operacionais. A margem também depende do volume total, então dependendo do cliente essa margem pode variar”, disse.
O executivo falou durante audiência pública na Comissão de Minas e Energia (CME) da Câmara dos Deputados nesta terça (13). O autor de requerimento da audiência, deputado Laércio Oliveira (PP/SE), explicou que o debate foi um primeiro passo de um “longo caminho” para entender a atuação da empresa nas distribuidoras de gás pelo Brasil.
“Nossa intenção é construir essa conversa para saber da Mitsui quais são as propostas em relação às distribuidoras. Em alguns locais, como no meu estado de Sergipe, temos taxas retorno de investimento de 20% que não condizem com a atualidade do Brasil, principalmente dentro da proposta do Novo Mercado de Gás Natural”, avaliou.
Atualmente, a Mitsui possui 49% da Gaspetro, subsidiária da Petrobras que detém participação em distribuidoras locais. O acordo com o Cade prevê que a estatal brasileira venda o restante das suas participações na subsidiária.
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