Europa lança plano para economia circular para reduzir impacto do plástico e veículos elétricos

88% dos materiais produzidos no continente são descartados e não voltam à economia, diz Comissão Europeia

Greenpeace’s flagship, the Rainbow Warrior, has been surrounded by giant single-use plastic items in Mediterranean waters. The action seeks to make visible the invisible, and to denounce the problem of plastic pollution in the oceans, especially in the Mediterranean Sea. 
 
Activists placed ten giant objects representing some of the most frequently found items on beaches: two bottles of 12 meters, two glasses of 6 meters and giant straws and bottle caps. A banner of 60 m2, reads #NoPlastic. 

Approximately 40% of the demand of plastic in Europe is for plastic packaging, most of it single-use. Also plastic packaging is the most common waste littered in the environment round the world. This action is part of the international campaign “Less plastic, more Mediterranean” in which the flagship of Greenpeace, Rainbow Warrior, is touring the Mediterranean to denounce the huge presence of plastic in the sea and to demand governments in the region to take urgent measures to stop this serious problem.
Greenpeace’s flagship, the Rainbow Warrior, has been surrounded by giant single-use plastic items in Mediterranean waters. The action seeks to make visible the invisible, and to denounce the problem of plastic pollution in the oceans, especially in the Mediterranean Sea. Activists placed ten giant objects representing some of the most frequently found items on beaches: two bottles of 12 meters, two glasses of 6 meters and giant straws and bottle caps. A banner of 60 m2, reads #NoPlastic. Approximately 40% of the demand of plastic in Europe is for plastic packaging, most of it single-use. Also plastic packaging is the most common waste littered in the environment round the world. This action is part of the international campaign “Less plastic, more Mediterranean” in which the flagship of Greenpeace, Rainbow Warrior, is touring the Mediterranean to denounce the huge presence of plastic in the sea and to demand governments in the region to take urgent measures to stop this serious problem.

A Comissão Europeia, órgão executivo da União Europeia, lançou nesta semana uma estratégia para promover a economia circular, a redução das emissões de carbono e a redução de resíduos e descarte de materiais na cadeia de consumo do continente.

O Plano de Ação da Economia Circular e Estratégia Industrial pretende reduzir pela metade o descarte de materiais em áreas como a produção de eletroeletrônicos, também alcançará o setor de embalagens, com amplo impacto sobre a cadeia produtiva de plásticos.

O objetivo é explorar como a circularidade das cadeias produtivas e a eficiência dos recursos podem ajudar no objetivo mais amplo de alcançar a neutralidade de emissões no bloco até 2050 e cumprir com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

O plano ainda precisará ser regulamentado em legislação a ser proposta pela Comissão e que demandará de aprovação pelos 27 estados-membros da União Europeia e pelo Parlamento Europeu. Mas na cadeia produtiva de plásticos, o objetivo já declarado da Comissão é chegar à marca de dez milhões de toneladas de plástico reutilizado até 2025 entre os países do bloco. Hoje a maioria dos membros da União Europeia recicla menos de 50% do plástico consumido.

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Entre a regulamentação a ser proposta está a redução das embalagens e regras para promover a fabricação de materiais biodegradáveis. A Comissão também tem no foco o combate ao microplástico e ao plástico de uso único, como talheres, copos e canudos.

Haverá ainda imposição de restrições nas cadeias de produção de setores como eletrônicos, têxteis, plásticos e construção. Uma das restrições previstas é a proibição à destruição de bens duráveis ​​não vendidos.

Baterias de veículos elétricos terão conteúdo reciclável

As baterias de veículos elétricos (VE) também estarão sujeitas a novas regras tanto sobre conteúdo reciclado quanto em esforços de logística reversa capazes de melhorar as taxas de coleta e reciclagem para garantir a recuperação de materiais valiosos.

Mas a iniciativa também transborda as fronteiras do bloco europeu com a ambição de garantir que acordos de livre comércio assinados pela UE reflitam os objetivos aprimorados da economia circular.

No âmbito do direito do consumidor, um foco inovador é a promoção do chamado “direito ao reparo”, com garantia de conserto de peças de equipamentos, o que deve impactar fortemente a produção e venda de eletrônicos no continente.

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88% dos materiais produzidos são descartados e não voltam à economia

Para o vice-presidente executivo do Acordo Verde Europeu, Frans Timmermans, o objetivo do plano é garantir um avanço significativo na reutilização de materiais. Hoje apenas 12% das matérias-primas utilizadas são trazidas de volta à economia, demonstrando uma economia ainda majoritariamente linear.

“Alcançar a neutralidade climática até 2050, preservar nosso ambiente natural e fortalecer nossa competitividade econômica, requer uma economia totalmente circular”, diz ele sobre o dado. “Existe um enorme potencial a ser explorado tanto para empresas quanto para consumidores. Com o plano, lançamos ações para transformar a maneira como os produtos são feitos e capacitar os consumidores a fazer escolhas sustentáveis ​​em benefício próprio e do meio ambiente”, diz.

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No centro da iniciativa, o Comissário Europeu para o Ambiente, os Oceanos e a Pesca, o lituano Virginijus Sinkevičius, afirma que é preciso dissociar a noção de crescimento econômico da extração de recursos.

“Os comerciantes não devem mais vender lâmpadas, mas luz, não devem vender mais máquinas de lavar, mas cargas de lavagem”, diz Sinkevičius.

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