Os planos de manutenção offshore da Petrobras incluem paradas programadas em 45 plataformas em 2018 – o dobro de unidades que pararam ano passado –, cobrindo sistemas de todos os portes, especialmente na Bacia de Campos, onde estão 28 das plataformas que sofrerão intervenções.
Dados obtidos pela E&P Brasil incluem a programação para 2018 e o histórico de 2016 e 2017. Das 45 plataformas que vão parar este ano, 20 não receberam intervenções do tipo nos últimos dois anos – 12, na Bacia de Campos.
Campos está prestes a perder o posto de maior província produtora do país para a Bacia de Santos. Em 2017, a produção média até novembro foi de 1,36 milhão de barris/dia em Campos e 1,1 milhão de barris/dia, em Santos, com os grandes sistemas do pré-sal.
Mas o valor da Bacia de Campos está longe de ser esgotado. Ano passado, a Petrobras fechou a venda de 25% de Roncador para a Statoil, resultado de um acordo (a estatal chama de aliança estratégica) que tem como objetivo, entre outros, melhorar a eficiência de campos maduros. Petrobras também programa para 2021 a entrada em operação de dois novos FPSOs no campo de Marlim.
O aumento da atividade explica, em parte, o grande interesse de empresas na licitação feita pela Unidade Operacional da Bacia de Campos (UO-BC) para a manutenção 25 plataformas na região, concorrência divida em três lotes.
A UO-BC concentrar os campos maduros da Bacia de Campos, ou seja, as unidades já em declínio e que precisam de manutenção para tentar reduzir a baixa natural da produção. São ao todo 34 plataformas interligadas a mais de 300 poços produtores de petróleo e gás.
A CSE, do Grupo Aker Solutions, apresentou o menor preço para os três lotes da concorrência. Como a licitação impedia que uma empresa levasse mais de um lote, acabou ficando apenas com o lote 1. A espanhola Cobra Instalaciones Y Servicios e a Enesa Engenharia levaram os dois outros lotes.
O Lote 1, vencido pela CSE, prevê a manutenção das das plataformas P-18, P-19, P-20, P-26, P-33, P-35, P-37, P-32 e P-47. A CSE venceu com o preço final de R$ 289.639.553,75.
O Lote 2, vencido pela Cobra com preço final de R$ 233.999.989,74, prevê manutenção nas plataformas P-09,P-12, PNA 1, PNA 2, PCH 1, PCH 2 e PPM 1.
Cotando o valor de R$ 212.469.205,60, a Enesa Engenharia levou o lote 3 com as plataformas PVM-1, PVM-2, PVM-3, PCP-1/3, PCP-2, PPG-1, PGP-1,P-61 e P-63.
Mais do que os três lotes arrematados pelas três empresas, a concorrência mostrou que existem 14 empresas apostando no mercado de manutenção de plataformas no país. Com as empreiteiras impedidas de participar das licitações da Petrobras, muitas empresas estão enxergando a oportunidade de entrar nesse mercado.
VEJA A LISTA DOS PARTICIPANTES E OS PREÇOS APRESENTADOS:
LOTE 1
1º CSE- Mecânica e Instrumentação – R$ 289.639.553,75
2º COBRA instalaciones y Servicios – R$ 307.153.358,50;
3º Mota Engil Engenharia e Construção – R$ 319.897.295,38;
4º Manserv Montagem e Manutenção – R$ 335.350.300,10;
5º Shandong Kerui Petroleum Equipment – R$ 350.329.758,71;
6º Enesa Engenharia – R$ 350.682.366,00
7º Granenergia Navegação – R$ 353.538.586,90
8º Imetame Metalmecânica – R$ 357.737.973,71;
9º Construtora Elos Engenharia – R$ 384.505.881,27;
10º RIP Serviços Industriais – R$ 390.534.541,58;
11º MIP Engenharia – 396.703.725,00
12º Niplan Engenharia – R$ 399.967.610,10;
13º Belov Engenharia – R$ 483.865.189,77
LOTE 2
1º CSE- Mecânica e Instrumentação – R$ 233.789.723,58;
2º COBRA instalaciones y Servicios – R$ 233.999.889,74;
3º Mota Engil Engenharia e Construção – R$ 248.529.128,01;
4º Manserv Montagem e Manutenção – R$ 279.834.530,96;
5º Shandong Kerui Petroleum Equipment – R$ 279.877.971,06;
6º Enesa Engenharia – R$ 287.598.390,75;
7º Estrutural Serviços Industriais – R$ 312.672.985,10;
8º RIP Serviços Industriais – R$ 312.776.418,75;
9º Granenergia Navegação – R$ 314.783.464,93;
10º Imetame Metalmecânica – R$ 332.777.975,47;
11º Niplan Engenharia – R$ 349.376.247,81;
12º Construtora Elos Engenharia – R$ 357.860.515,35;
13º MIP Engenharia – R$ 382.852.663,04;
14º Belov Engenharia – R$ 399.886.805,97
LOTE 3
1º CSE- Mecânica e Instrumentação – R$ 198.157.202,63;
2º Enesa Engenharia – R$212469.205,60;
3º Mota Engil Engenharia e Construção – R$ 223.457.605,38
4º COBRA instalaciones y Servicios – R$ 223.635.827,80
5º Enaval Engenharia Naval Offshore – R$ 231.970.413,15;
6º Granenergia Navegação – R$ 232.888.587,23;
7º Imetame Metalmecânica – R$ 233.727.715,78;
8º Shandong Kerui Petroleum Equipment – R$ 244.227.277,01
9º Estrutural Serviços Industriais – R$ 264.576.474,87;
10º Manserv Montagem e Manutenção – R$ 268.078.422,14;
11º Construtora Elos Engenharia – R$ 275.651.298,64;
12º RIP Serviços Industriais – R$ 307.545.388,45;
13º Niplan Engenharia – R$ 315.875.358,38;
14º MIP Engenharia –368.092.120,30