Petrobras vai dobrar paradas programadas em 2018

Foto: Stéferon Faria
Foto: Stéferon Faria

Os planos de manutenção offshore da Petrobras incluem paradas programadas em 45 plataformas em 2018 – o dobro de unidades que pararam ano passado –, cobrindo sistemas de todos os portes, especialmente na Bacia de Campos, onde estão 28 das plataformas que sofrerão intervenções.

Dados obtidos pela E&P Brasil incluem a programação para 2018 e o histórico de 2016 e 2017. Das 45 plataformas que vão parar este ano, 20 não receberam intervenções do tipo nos últimos dois anos – 12, na Bacia de Campos.

Campos está prestes a perder o posto de maior província produtora do país para a Bacia de Santos. Em 2017, a produção média até novembro foi de 1,36 milhão de barris/dia em Campos e 1,1 milhão de barris/dia, em Santos, com os grandes sistemas do pré-sal.

Mas o valor da Bacia de Campos está longe de ser esgotado. Ano passado, a Petrobras fechou a venda de 25% de Roncador para a Statoil, resultado de um acordo (a estatal chama de aliança estratégica) que tem como objetivo, entre outros, melhorar a eficiência de campos maduros. Petrobras também programa para 2021 a entrada em operação de dois novos FPSOs no campo de Marlim.

O aumento da atividade explica, em parte, o grande interesse de empresas na licitação feita pela Unidade Operacional da Bacia de Campos (UO-BC) para a manutenção 25 plataformas na região, concorrência divida em três lotes.

A UO-BC concentrar os campos maduros da Bacia de Campos, ou seja, as unidades já em declínio e que precisam de manutenção para tentar reduzir a baixa natural da produção. São ao todo 34 plataformas interligadas a mais de 300 poços produtores de petróleo e gás.

A CSE, do Grupo Aker Solutions, apresentou o menor preço para os três lotes da concorrência. Como a licitação impedia que uma empresa levasse mais de um lote, acabou ficando apenas com o lote 1. A espanhola Cobra Instalaciones Y Servicios e a Enesa Engenharia levaram os dois outros lotes.

O Lote 1, vencido pela CSE, prevê a manutenção das das plataformas P-18, P-19, P-20, P-26, P-33, P-35, P-37, P-32 e P-47.  A CSE venceu com o preço final de R$ 289.639.553,75.

O Lote 2, vencido pela Cobra com preço final de R$ 233.999.989,74, prevê manutenção nas plataformas P-09,P-12, PNA 1, PNA 2, PCH 1, PCH 2 e PPM 1.

Cotando o valor de R$ 212.469.205,60, a Enesa Engenharia levou o lote 3 com as plataformas PVM-1, PVM-2, PVM-3, PCP-1/3, PCP-2, PPG-1, PGP-1,P-61 e P-63.

Mais do que os três lotes arrematados pelas três empresas, a concorrência mostrou que existem 14 empresas apostando no mercado de manutenção de plataformas no país. Com as empreiteiras impedidas de participar das licitações da Petrobras, muitas empresas estão enxergando a oportunidade de entrar nesse mercado.



VEJA A LISTA DOS PARTICIPANTES E OS PREÇOS APRESENTADOS:

LOTE 1

1º CSE- Mecânica e Instrumentação – R$ 289.639.553,75

2º COBRA instalaciones y Servicios – R$ 307.153.358,50;

3º Mota Engil Engenharia e Construção – R$  319.897.295,38;

4º Manserv Montagem e Manutenção – R$ 335.350.300,10;

5º Shandong Kerui Petroleum Equipment – R$ 350.329.758,71;

6º Enesa Engenharia – R$ 350.682.366,00

7º Granenergia Navegação – R$ 353.538.586,90

8º Imetame Metalmecânica – R$ 357.737.973,71;

9º Construtora  Elos Engenharia – R$ 384.505.881,27;

10º RIP Serviços Industriais – R$ 390.534.541,58;

11º MIP Engenharia – 396.703.725,00

12º Niplan Engenharia – R$  399.967.610,10;

13º Belov Engenharia – R$ 483.865.189,77

LOTE 2

1º CSE- Mecânica e Instrumentação – R$ 233.789.723,58;

2º COBRA instalaciones y Servicios – R$ 233.999.889,74;

3º Mota Engil Engenharia e Construção – R$ 248.529.128,01;

4º Manserv Montagem e Manutenção – R$ 279.834.530,96;

5º Shandong Kerui Petroleum Equipment – R$ 279.877.971,06;

6º Enesa Engenharia – R$ 287.598.390,75;

7º Estrutural Serviços Industriais – R$ 312.672.985,10;

8º RIP Serviços Industriais – R$ 312.776.418,75;

9º Granenergia Navegação – R$ 314.783.464,93;

10º Imetame Metalmecânica – R$ 332.777.975,47;

11º Niplan Engenharia – R$ 349.376.247,81;

12º Construtora  Elos Engenharia – R$ 357.860.515,35;

13º MIP Engenharia – R$ 382.852.663,04;

14º Belov Engenharia – R$ 399.886.805,97

LOTE 3 

1º CSE- Mecânica e Instrumentação – R$ 198.157.202,63;

2º Enesa Engenharia – R$212469.205,60;

3º Mota Engil Engenharia e Construção – R$  223.457.605,38

4º COBRA instalaciones y Servicios – R$ 223.635.827,80

5º Enaval Engenharia Naval Offshore – R$ 231.970.413,15;

6º Granenergia Navegação – R$ 232.888.587,23;

7º Imetame Metalmecânica – R$ 233.727.715,78;

8º Shandong Kerui Petroleum Equipment – R$ 244.227.277,01

9º Estrutural Serviços Industriais – R$ 264.576.474,87;

10º Manserv Montagem e Manutenção – R$ 268.078.422,14;

11º Construtora  Elos Engenharia – R$ 275.651.298,64;

12º RIP Serviços Industriais – R$ 307.545.388,45;

13º Niplan Engenharia – R$ 315.875.358,38;

14º MIP Engenharia –368.092.120,30