Energia

Mercado de biometano ainda carece de ajustes regulatórios, defende Renata Isfer

Nova presidente da ABiogás vê o combustível renovável como complemento, e não concorrência, das distribuidoras de gás natural

Para Renata Isfer, mercado de biometano ainda carece de ajustes na regulação. Na imagem: Presidente da ABiogás, Renata Isfer, durante entrevista ao estúdio epbr na Rio Pipeline 2023 (Foto: Victor Cury/epbr)
Presidente da ABiogás, Renata Isfer, defende ajustes na regulação do setor (Foto: Victor Cury/epbr)

RIO – A nova presidente da Associação Brasileira de Biogás (ABiogás), Renata Isfer, defende que ainda são necessários ajustes na regulação, sobretudo nos estados, para destravar o pleno potencial do biometano no país.

Ela cita o exemplo do Rio de Janeiro, onde a regulamentação do biometano foi concebida, em 2014, com a fixação de um preço máximo para injeção do produto na rede de gás canalizado do estado.

“Isso impede muitos investimentos, deixa muito fixo”, disse Renata Isfer, em entrevista ao estúdio epbr, na Rio Pipeline 2023.

“São pequenas coisas que precisamos, de estado em estado, de conscientização, ir mostrando o que pode agregar ao próprio estado”, completou.

Ela destacou ainda que o biometano não é um concorrente da distribuidora de gás, e sim negócios complementares.

“O biometano vai ajudar a distribuidora a crescer e atingir mais consumidores”, comentou.

Isfer também defende incentivos ao combustível renovável, dado o seu alinhamento à transição energética.

“No fundo, fala-se de uma dicotomia entre uma energia [renovável] intermitente e a segurança energética do óleo e do gás, sendo que biometano e o biogás têm os dois atributos: tanto o de ser renovável quanto o atributo de ser constante”.

Acompanhe a cobertura completa da Rio Pipeline 2023 aqui pelo site epbr e pelo estúdio epbr no Youtube