A demanda por perfuração de poços exploratórios e de desenvolvimento da produção de petróleo e gás deve crescer 52% até o fim de 2022. Dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) indicam que o compromisso assumido pelas petroleiras que atuam no país deve passar de 189 poços em 2018 – sendo 24 poços exploratórios e 165 poços de desenvolvimento da produção – para 249 poços em 2022.
Os números ainda estão bem abaixo dos níveis da atividade registrados na última década e são um reflexo claro dos cinco anos sem leilões de petróleo no país. O segmento de perfuração foi, sem dúvida, um dos mais afetados pela crise mundial do preço do petróleo. No Brasil, a baixa das atividades também foi impactada pela retração dos investimentos da Petrobras e a falta de diversificação de players.
Os dados da ANP indicam demanda para a perfuração de mais de 1000 poços de produção nos próximos cinco anos. As bacias Potiguar e Sergipe seguem são as que vão demandar a maior quantidade de perfuração no período, 296 e 269 poços, respectivamente, entre 2018 e 2022. No offshore, a Bacia de Campos continuará liderando a demanda de poços de produção com 196 poços nos próximos cinco anos, seguida pela Bacia de Santos, com 115 poços.
Para o próximo ano, a atividade exploratória continuará em baixa. Estão previstos apenas 24 poços exploratórios em compromissos assumidos com a ANP até 31 de outubro deste ano. Isso não quer dizer, contudo, que essa demanda não possa mudar. É o retrato do momento.