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- SG/Cade aprova compra de térmicas pela Eneva
- Agenda das junior oils toma forma
- PLOA prevê corte no MME
- Aneel abre consulta sobre abusos no ACL
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A Superintendência-Geral do Cade aprovou, sem restrições, nesta segunda-feira (19/08) a compra de quatro geradoras termelétricas do BTG pela Eneva. A operação inclui a estruturação de uma oferta pública primária de ações (follow-on) com garantia de compra pelo BTG Pactual.
A Eneva informou no anúncio da operação que a oferta conjunta à aquisição visa a reduzir a alavancagem da companhia. No valor base da operação, de R$ 14,00 por ação, o follow-on será de R$ 3,2 bilhões, podendo chegar a R$ 4,2 bilhões a depender da demanda, disse a empresa em julho. A operação também precisa receber o aval do Banco Central.
Ao todo, foram negociadas térmicas totalizando 3,3 GW de potência:
- 100% da Tevisa, que controla a UTE Viana (174,6 MW), a óleo, e a UTE Viana I (37,5 MW), a gás natural, ambas localizadas em Viana (ES);
- 100% da Povoação, detentora da UTE Povoação I (75 MW), que opera a gás em Linhares (ES);
- 50% da Gera Maranhão, que detém a UTE Geramar I e UTE Geramar II, ambas a diesel e localizadas em Miranda do Norte (MA), com capacidade total de 332 MW;
- e 100% da Linhares Geração, que opera a UTE Luiz Oscar Rodrigues de Melo e UTE Linhares I (240 MW total), a gás natural.
A SG/Cade afastou, portanto, riscos de concentração prejudiciais ao mercado. Ao órgão antitruste, a Eneva afirmou que a aquisição das térmicas oferecerá sinergias, ganhos de eficiência e upsides adicionais de crescimento.
Já o BTG, que a operação permitirá a monetização de parte de seus ativos, além de aumentar sua participação no capital social da Eneva. A companhia mira oportunidades no próximo leilão de reserva de capacidade, previsto para este ano.
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O Brasil está descobrindo pouco petróleo novo, o que já começa a aparecer nas curvas de produção futura de gás natural. Diante desse cenário, os produtores independentes e o Ministério de Minas e Energia (MME) começaram a colocar em pauta – com quase um ano de atraso – a agenda do Potencialize E&P.
“A gente está com poucas áreas em oferta e com restrições ou letargias ambientais. Este ano, não vamos ter leilão (…) Então estamos ficando com pouca oferta. A gente está chegando uma ‘entressafra’ entre ter descobertas significativas e projetos em produção”, resume o presidente da Abpip, Márcio Félix.
- Contudo, há conflitos ambientais e questões fiscais, que dividem o próprio governo, a exemplo da defesa do ministro Alexandre Silveira pela exploração de gás não convencional.
Na íntegra: Pico do pré-sal e incerteza sobre novas fronteiras empurra agenda de produtores independentes.
Corte orçamentário. Alexandre Silveira (PSD) solicitou a recomposição de R$ 97 milhões para o MME sob argumento de que precisa de mais recursos para gerir a PPSA. O ofício foi enviado após a previsão do PLOA de corte de 14% no orçamento de 2025 do ministério.
Combustível do Futuro. A CI do Senado discute nesta terça (20/8) o parecer de Venezino Vital do Rêgo (MDB/PB) ao PL do Combustível do Futuro. Apresentado na semana passada, o relatório traz uma série de alterações em relação ao texto aprovado na Câmara, atendendo parcialmente alguns setores.
Eleições nos EUA. Candidato à presidência, Donald Trump prometeu, na segunda (19/8), revogar a regulação do atual governo Biden que limita a poluição das usinas de energia.
- Nos comentários econômicos mais detalhados que fez durante a campanha até agora, Trump também reforçou sua promessa de limitar radicalmente o acesso estrangeiro aos mercados domésticos e garantir que a cadeia de suprimentos de bens essenciais seja 100% nacional. (Reuters).
Do lado Democrata, Joe Biden passou oficialmente o bastão para sua vice-presidente Kamala Harris, que aparece com vantagens sobre Trump em pesquisas mais recentes. Republicanos e Democratas têm um passo em comum, de governos marcados pelo aumento da produção doméstica de óleo e gás. Trump acha pouco; e Kamala promete acelerar políticas verdes
Cessar-fogo. O governo dos EUA sinalizou avanços nas negociações entre Israel e Hamas pela cessação de conflitos em Gaza e a consequente redução de riscos de uma escalada ainda maior na região.
- A redução da pressão geopolítica colaborou para a redução dos preços do petróleo. O Brent fechou na segunda (19/8) em queda de 2,5%, a US$ 77,66, praticamente o mesmo patamar negociado na manhã de hoje, enquanto o mercado aguarda estimativas de estoques da API nos EUA e reage à decisão na China, de manter as taxas de juros.
Abusos na migração para o ACL. A Aneel abriu uma consulta para discutir eventuais abusos de poder econômico no mercado livre de energia, após denúncias envolvendo distribuidoras. Dentre as medidas em discussão, estão restrições e limites para comercializadoras varejistas do mesmo grupo econômico das distribuidoras (MegaWhat)
Diálogos da transição. A América Latina tem potencial para liderar o fornecimento global de hidrogênio renovável, capturando 25% a 33% da demanda, até 2030, projeta relatório do Fórum Econômico Mundial. Com custos nivelados já abaixo da média global, a região estaria apta a rivalizar com grandes players como a Austrália (22%–31%) e a África (9%–14%).
Eólica no RS. O governador Eduardo Leite (PSDB) assinou na segunda (19/8) um protocolo de intenções com o consórcio Vento Pampeiro, formado por Vestas e Renobrax, para viabilizar o Complexo Eólico Três Divisas, que deve ser instalado nas cidades de Uruguaiana, Alegrete e Quaraí, com possibilidade de expansão para outros municípios da região. Análises preliminares indicam que o projeto tem potencial de atrair cerca de R$ 3 bilhões em investimentos e pode chegar a 400,5 megawatts.
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