BRASÍLIA — A empresa de alumínio e energia Hydro Paragominas adquiriu dez carros elétricos para substituir os modelos convencionais a diesel de sua frota, e espera reduzir as emissões de CO2 em cerca de 119,6 mil toneladas por ano — volume equivalente ao plantio de 1.660 árvores ao longo de cinco anos.
Segundo a companhia, o modelo tem autonomia de 198 km e circula principalmente dentro da unidade para suporte às operações internas. A Hydro estudará, nos próximos 12 meses, a viabilidade de substituir a frota operacional por veículos elétricos.
Eduardo Pedras, gerente de contratos da Hydro Paragominas, conta que a ideia é que outras unidades da empresa passem a utilizar os modelos eletrificados.
“O carro elétrico pode ser muito menos poluente que os convencionais. O mercado automotivo tem um enorme potencial neste sentido e ainda há muito a ser desenvolvido em termos de tecnologia. Queremos acompanhar estas mudanças”, comenta.
A Hydro tem meta de descarbonização até 2030. Dentre as estratégias para alcançar o objetivo está a mudança na estrutura do contrato de locação de veículos leves, substituindo 50% da frota de combustão a diesel por veículos com combustão a etanol.
“Com esta iniciativa também teremos uma redução na emissão TCO², esta redução será de 2.877 TCO² no meio ambiente, o que representa 7.860 árvores plantadas”, destaca Eduardo. Isso significa mais sustentabilidade e permite a redução dos impactos ambientais causados pela queima dos combustíveis fósseis (diesel e gasolina).
Elétricos em expansão
A adoção de carros elétricos deve disparar nos próximos anos, com mais de 100 milhões de unidades esperadas nas estradas até 2026 e mais de 700 milhões até 2040, acima dos 27 milhões no início deste ano, de acordo com o Long-Term Electric Vehicle Outlook (EVO) da empresa de pesquisa BloombergNEF (BNEF).
O levantamento também mostra que a eletrificação está se espalhando rapidamente para todos os setores do transporte rodoviário — de riquixás a caminhões pesados –, enquanto alcança economias emergentes na Ásia, como Índia, Tailândia e Indonésia.
No Cenário de Transição Econômica, as vendas de VEs de passageiros aumentam de 10,5 milhões em 2022 para 22 milhões em 2025 (26% das vendas), 42 milhões em 2030 (44% das vendas) e 75 milhões em 2040 (75% das vendas).
A velocidade dessa expansão, no entanto, será desigual. Países nórdicos, China, Alemanha, Coréia do Sul, França e Reino Unido devem experimentar uma aceleração maior — são economias que já têm um mercado de elétricos aquecido.