Restrições em Ormuz e frete mais caro; Brent recua após reação dos mercados asiáticos

Terminal Ilha Guaíba
Créditos: Márcio Dantas Valença/ Vale

Essa newsletter é enviada primeiro
aos assinantes, por e-mail.
Assine gratuitamente

COMECE SEU DIA

APRESENTADA POR

Quem faz
Felipe Maciel, Guilherme Serodio e Larissa Fafá
Editada por Gustavo Gaudarde
[email protected]

em jogo

A Petrobras suspendeu o trânsito de navios pelo Estreito de Ormuz, de acordo com informações do operador saudita Bahri, obtidas pelo Wall Street Journal. As primeiras informações dão conta que a restrição vale até às 16h de hoje.

— Na Bloomberg, Armadores pedem prêmio em rota de petróleo no Oriente Médio. Aumento da tensão na região afeta, em especial o mercado asiático, com reajustes de até 14% no frete para China e pode contaminar outras rotas vitais para o mercado global, como EUA, Europa e Índia.

Os preços do Brent registraram um novo repique na abertura dos mercados asiáticos, seguido do ataque a duas bases americanas no Iraque, mas recuam frente aos sinais que ação não representou uma reação violenta e imediata dos EUA.

— “Está tudo bem”, postou Trump, no Twitter. O presidente americano deve fazer um pronunciamento oficial nesta quarta (8). O ministro de Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, afirmou que o país não quer guerra e o ataque foi uma reposta “proporcional” à morte de Soleimani.

— Sem deixar vítimas, de acordo com informações disponíveis até o momento, o bombardeio à base aérea de Al-Asad, reduz a pressão sobre os americanos para retaliar Teerã.

— Após atingir uma máxima de US$ 71,28 por barril, os contratos do Brent para entrega em março recuaram e são negociados em baixa na manhã desta quarta (8), no patamar de US$ 67.

Em O Globo, Miriam Leitão fala sobre como a nova pressão nos preços dos combustíveis reabre a disputa entre os liberais e os intervencionistas no governo Bolsonaro. E que o governo precisa de um plano para as crises e não continuar rediscutindo o assunto sempre que um fato externo ameaça o mercado interno.

“Se não quiser ficar entre seu impulso intervencionista e a pressão da equipe econômica, Bolsonaro precisa encontrar uma fórmula antes da crise, para ser aplicada durante a crise”, escreve.

No Estadão, Anne Warth analisa como os planos de “compensação” das altas de combustíveis acabam na conta da Petrobras, como ocorreu nos governos do PT, ou do Tesouro, com os subsídios bilionários criados por Michel Temer, para superar a greve dos caminhoneiros em 2018.

“O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que o governo estuda criar mecanismos de compensação que evitem uma flutuação tão intensa nos preços dos derivados, mas não deu mais detalhes. Embora Albuquerque tenha feito mistério sobre as medidas, a verdade é que não há tantas alternativas a serem adotadas pelo governo”, escreve.

PUBLICIDADE

A Petrobras espera propostas para três refinarias nos próximos dias – Isaac Sabbá (Reman), no Amazonas; Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor), no Ceará; e Unidade de Industrialização do Xisto (Six), no Paraná.

— A companhia tenta vender todas as oito unidades de refino ofertadas ano passado até 2021, voltou a reforçar o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. UOL

Um brasileiro morreu e outros cinco tripulantes ficaram feridos a bordo do navio que transporta a plataforma P-70, da Petrobras. Os tripulantes foram resgatados em Durban, na África do Sul, e a condição de saúde é estável, de acordo com informações do National Sea Rescue Institute (NSRI).

— A P-70 é transportada pelo Boka Vanguard, da Boskalis, que retomou o transporte da plataforma da China, para o Rio de Janeiro. Ainda não há informação sobre a natureza do incidente, mas na avaliação inicial divulgada pelo NSRI, o incidente ocorreu na P-70 e não no Boka Vanguard.

— Os feridos foram hospitalizados em Durban, África do Sul, mas ainda não há maiores informações sobre o estado de saúde das vítimas.

Resgate de feridos durante transporte da P-70, da Petrobras
(NSRI Durban/Netcare 911)

O BNDES aprovou empréstimo de R$ 2 bilhões para a Comgás. Os recursos serão utilizados no plano de investimentos, que prevê aportes totais de R$ 2,9 bilhões até 2021. Serão construídos mil km de rede e conectados cerca de 100 mil clientes a cada ano, afirmou a empresa.

— A Copergás (Pernambuco) definiu o plano de investimento para 2020-2024. Serão R$ 323 milhões na expansão para os municípios de Caruaru, Camaragibe, Carpina, Igarassu, Moreno, Ipojuca, Carpina, São Lourenço da Mata, Paudalho e Petrolina, elevando a rede de 800 km para 1.200 km no fim do período.

— A Potigás (RN) começou a praticar novos preços, com desconto de 7%, resultado da contratação de gás natural por meio da chamada pública realizada em 2019. Com outra redução feita no terceiro trimestre, tarifa cai cerca de 10% no estado.

“Conseguimos avançar nessa questão do preço do gás e acreditamos que é possível deixar o gás natural ainda mais acessível a partir da entrada dos novos players no mercado de produção e exploração na Bacia Potiguar”, explica Larissa Dantas Gentile, diretora-presidente da Potigás.

Apache e Total confiram nesta terça (7) uma descoberta no offshore do Suriname, associada ao sistema petrolífero na Guiana. A perfuração confirmou a presença de óleo leve, condensado e gás natural, em coluna de 123 metros (net-pay), em lâmina d’água de mil metros.

Após reunião com Rodrigo Limp, o presidente Bolsonaro afirmou que “acertamos a questão de não taxar o sol”. Limp é o diretor da Aneel à frente da revisão das regras da geração distribuída em que a agência propõe a redução de subsídios na compensação pela energia gerada por consumidores.

“Eu que estava pagando o pato, então decidi, ninguém mais conversa. Quem conversar, eu demito“, afirmou Bolsonaro, após o encontro. Rodrigo Limp não falou com a imprensa. O Globo

— Nesta quarta (8), Bolsonaro visita o Ministério de Minas e Energia – evento não está na agenda oficial de Bento Albuquerque, que pela manhã, se reuniu com Onyx Lorenzoni.

— A Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD) comemorou a posição de Bolsonaro, que decidiu acionar o Congresso Nacional e, até o momento, tem o plano de apoiar um projeto na Câmara para impedir a redução dos descontos. A ABDG acrescentou que prefere uma medida direta do executivo federal.

“Como o processo de elaboração e aprovações de um projeto de lei é demorado, a expectativa da ABGD é que uma transição equilibrada seja iniciada antes por meio de portaria ou decreto do Poder Executivo”, afirmou, em nota.

Mais: Rodrigo Maia vai pautar PL da geração distribuída

— O presidente da ABGD, Carlos Evangelista completa:

“Parece-nos razoável a remuneração do fio, contanto que seja apenas a parte utilizada pela GD e com um período de transição satisfatório para que o mercado se adapte. Não é justo que o consumidor produza a própria energia, fornecendo inúmeros benefícios ao sistema, e receba de volta apenas 37% do insumo que injetar na rede”.

— Lafayette de Andrada (Republicanos/MG) afirmou ao Painel SA, da Folha, que planeja protocolar até sexta (10) um projeto de lei propondo a manutenção das regras vigentes por mais dois ou três anos e incluir um aumento gradual dos encargos até o teto de 27%.

Em epbr, levantamos, em novembro, os projetos apresentados na legislatura anterior: Partidos de centro e PSL se mobilizam contra revisão de subsídios à energia solar e geração distribuída

Por e-mail, você recebe também recebe diariamente a agenda das autoridades

[sc name=”newsletter”]