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Os preços do petróleo ganharam impulso na sexta (27/10), com o avanço das tropas israelenses. Mas o balanço de oferta e demanda segue se impondo ao risco geopolítico.
Arábia Saudita deve manter os preços para refinarias asiáticas. Demanda fraca e margens de refino menores na região.
Diesel mais caro que a gasolina nas bombas brasileiras. Na Argentina, em crise, fornecedoras falam em “níveis extraordinários de demanda”
Braga cita a eventual produção futura na Bacia da Foz do Amazonas para defender a proposta de criação de uma alíquota de até 1% sobre commodities não-renováveis.
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Os preços do petróleo ganharam impulso na sexta (27/10), com o avanço das tropas israelenses, por terra, na Faixa de Gaza. Mas o balanço de oferta e demanda segue se impondo ao risco geopolítico, com EUA e UE menos dependente de óleo do Oriente Médio.
– Após os ganhos de 2.47% na sexta, o Brent é negociado em queda de cerca de 1% nesta segunda (30/10), próximo dos US$ 88 por barril. Em 9 de outubro, após os ataques do Hamas em Israel, a cotação saltou 4,22%, para US$ 88,15.
Há episódios que reforçam o temor de uma escalada territorial do conflito, enquanto Israel dá sinais que não vai recuar, diante de apelos internacionais.
– Além de Gaza, há agressões na fronteira com o Líbano, com o Hezbollah, e na Síria; na Turquia, Erdogan liderou um protesto em apoio aos palestinos (Al Jazeera); Tel Aviv avança sobre a Cisjordânia (FT).
– O Conselho de Segurança da ONU se reúne nesta segunda. A China vai assumir essa semana a presidência rotativa do grupo.
Ásia. A Saudi Aramco, da Arábia Saudita, deve manter os preços de referência do óleo embarcado para refinarias asiáticas em dezembro, segundo sondagem da Bloomberg. A demanda fraca se reflete em margens de refino menores na região.
Antes da escalada dos conflitos no Oriente Médio, o mercado já antecipava um período mais suscetível à volatilidade, com o controle de preços pela OPEP+ e incertezas econômicas globais.
Diesel mais caro. O reajuste da Petrobras levou a um aumento de 1,5% nos preços médios do diesel, segundo levantamento da ANP encerrado em 27 de outubro. O litro do combustível foi vendido a R$ 6,13 em média.
– Mais caro que a gasolina, que recuou 0,9% na semana, para R$ 5,69 por litro (Poder360). A Petrobras elevou em 25 centavos os preços médios do diesel em 21 de outubro, para R$ 4,05. Na semana passada, a Acelen reduziu em 8 centavos o S10, para R$ 4,14 na Bahia.
IPCA. O mercado reduziu pela terceira semana consecutiva a projeção para a inflação de 2023. O Boletim Focus foi publicado hoje.
Argentina. As fornecedoras de combustível YPF, Raízen, Trafigura e Axion Energy atribuíram a escassez no país a “níveis extraordinários de demanda nos últimos 15 dias”, segundo a AFP.
– O ministro e candidato do governo à Presidência, Carlos Massa, disse ontem (29) que as exportações de petróleo serão proibidas se o abastecimento não for restabelecido.
– “Se o abastecimento de combustível não for resolvido até a meia-noite de 3ª feira, as empresas não poderão enviar navios de exportação a partir de 4ª porque o petróleo dos argentinos pertence primeiro aos argentinos”, disse Massa (Bloomberg Línea).
– Massa liderou o primeiro turno contra Javier Milei e os argentinos voltam às urnas em 19 de novembro.
Venda de térmicas. A Petrobras deu início à fase vinculante para a venda da termelétrica a gás natural Araucária (484 MW), no Paraná. Tem 18,8% de participação, em sociedade com a Copel (20,3%) e a Copel GT (60,9%). Todas as ações serão vendidas.
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Opinião: Energia elétrica precisa de tratamento diferenciado na reforma tributária Setor apresenta uma elevada complexidade operacional e fiscal que precisa ser contemplada, escreve Luiz Eduardo Barata.
Reforma tributária. O relator no Senado, Eduardo Braga (MDB/AM) citou a eventual produção futura na Bacia da Foz do Amazonas para defender a proposta de criação de uma alíquota de até 1% sobre commodities não-renováveis.
– Estados sem investimentos na indústria de óleo e gás, como em refinarias, teriam como a única arrecadação o recolhimento de royalties:
– “Não tem refinaria no estado do Amapá, nem no Pará. Esse petróleo com certeza não arrecadará um centavo de IVA nem para o Amapá, nem para o Pará”, disso ao Valor. A opção por estimular um ou outro setor caberá à regulamentação, defendeu: “(…) Lítio é [um] minério estratégico para o Brasil? Então desonera”, exemplificou.
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