Guindastes Brasil planeja construir minirrefinaria na Bahia

Área de Produção Terrestre de Petróleo na Bahia. Foto: Saulo Cruz/MME
Área de Produção Terrestre de Petróleo na Bahia. Foto: Saulo Cruz/MME

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicou nesta segunda (21) resumo do projeto da Brasil Refinarias para construção de uma unidade com capacidade para processar 735 barris/dia (117 m³/dia) na Bahia.

Segundo informações enviadas pela empresa à ANP, a unidade é projetada para produzir óleo combustível, óleos especiais, nafta e parafina. A agência precisa autorizar o investimento.

A Brasil Refinarias é do grupo Guindastes Brasil, de logística e que nos últimos anos entrou em projetos de exploração e produção, contratando blocos e campos com acumulações marginais ofertados em rodadas da ANP.

Na 4ª rodada de acumulações marginais, a empresa contratou os campos de Araçás Leste e Jacumirim, ambos na Bacia do Recôncavo; e na 14a rodada de concessão, o bloco SEAL-T-132, em terra, na Bacia de Alagoas. A Guindastes Brasil opera com 100% dos contratos.

Em Sergipe, a Noxis Energy também tem planos de construir uma refinaria, de olho no mercado de combustíveis navais (bunker), diesel e gasolina. Projeto em desenvolvimento prevê uma unidade de 25 mil barris/dia.

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Mudanças no mercado de bunker

Aliás, o mercado de bunker passa por uma transformação com as exigências da Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla em inglês) para redução no teor de enxofre presente nos combustíveis. A Wood Mackenzie vê oportunidades para o óleo brasileiro.

“Os óleos pesados com alto teor de enxofre (…) perdem repentinamente seu mercado principal. Muitos desses produtos são provenientes do Oriente Médio. No outro extremo, haverá demanda por sweet crude – mais facilmente refinado em combustíveis com baixo teor de enxofre. Essa é uma ótima notícia para um grande produtor como o Brasil”, afirma Alan Gelder, da Wood Mackenzie (em inglês)

O Brasil ratificou as determinações da IMO para redução no teor de enxofre de 3,5% para 0,5% a a partir de 2020. No início de novembro, Comitê de Avaliação do Abastecimento de Combustíveis Aquaviários deve apresentar ao CNPE uma avaliação sobre o tema.

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