JUIZ DE FORA — O aumento de 1,83% nos preços da gasolina foi o principal responsável pela alta de 0,64% no IPCA-15 de março, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O combustível contribuiu com 0,1 ponto percentual para o índice, exercendo a maior influência individual entre todos os itens pesquisados.
Os alimentos também apresentaram contribuições significativas: os ovos subiram 19,44% (impacto de 0,05 p.p.), o café moído 8,53% (+0,05 p.p.) e o tomate 12,57% (+0,03 p.p.).
No grupo transportes, além da gasolina, as passagens aéreas ficaram 7,02% mais caras (+0,05%.). Os preços de ingressos para cinema e teatro aumentaram 7,42% (+0,03 %).
Na direção oposta, entre os itens que ajudaram a frear a inflação, o arroz registrou queda de 1,6% (-0,01 p.p.), seguido por pacotes turísticos (-2,13%, -0,01 p.p.) e seguros de veículo (-1,09%, -0,01%). As frutas e carnes também deram alívio: laranja-pera (-5,05%, -0,01 p.p.), contrafilé (-1,4%, -0,01 p.p.), alcatra (-1,69%, -0,01 p.p.) e óleo de soja (-1,8%, -0,01 p.p.).
O resultado consolida a gasolina como um dos itens com maior peso na inflação brasileira, enquanto alimentos básicos como arroz e carnes ajudaram a compensar parte das altas. Os dados completos estarão disponíveis no relatório mensal do IBGE.
Em fevereiro, a energia elétrica residencial foi o principal fator de pressão inflacionária, com alta de 16,8% que contribuiu com 0,56 ponto percentual para o IPCA de fevereiro, que fechou em 1,31%. Os dados do IBGE mostram que gasolina (0,14%), ensino fundamental (0,12%) e superior (0,07%) também pesaram no índice.
Entre os itens que ajudaram a conter a inflação, as passagens aéreas tiveram a maior queda (-20,46%), reduzindo o índice em 0,16 ponto percentual. Serviços culturais, como cinema e teatro, também apresentaram leve recuo (-0,03%).
Com informações do Estadão Conteúdo