Inflação

Gasolina pressiona inflação de março com alta de 1,83%

Ovos (+19,44%) e café (+8,53%) também pesaram no índice de 0,64%; arroz (-1,60%) e carnes ajudaram a conter avanço

Moto abastece em posto de combustíveis no Rio de Janeiro com preços menores após redução do ICMS sobre combustíveis, em 5/7/2022 (Foto Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Moto é abastecida em posto de combustíveis no Rio de Janeiro (Foto Tânia Rêgo/Agência Brasil)

JUIZ DE FORA — O aumento de 1,83% nos preços da gasolina foi o principal responsável pela alta de 0,64% no IPCA-15 de março, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O combustível contribuiu com 0,1 ponto percentual para o índice, exercendo a maior influência individual entre todos os itens pesquisados.

Os alimentos também apresentaram contribuições significativas: os ovos subiram 19,44% (impacto de 0,05 p.p.), o café moído 8,53% (+0,05 p.p.) e o tomate 12,57% (+0,03 p.p.).

No grupo transportes, além da gasolina, as passagens aéreas ficaram 7,02% mais caras (+0,05%.). Os preços de ingressos para cinema e teatro aumentaram 7,42% (+0,03 %).

Na direção oposta, entre os itens que ajudaram a frear a inflação, o arroz registrou queda de 1,6% (-0,01 p.p.), seguido por pacotes turísticos (-2,13%, -0,01 p.p.) e seguros de veículo (-1,09%, -0,01%). As frutas e carnes também deram alívio: laranja-pera (-5,05%, -0,01 p.p.), contrafilé (-1,4%, -0,01 p.p.), alcatra (-1,69%, -0,01 p.p.) e óleo de soja (-1,8%, -0,01 p.p.).

O resultado consolida a gasolina como um dos itens com maior peso na inflação brasileira, enquanto alimentos básicos como arroz e carnes ajudaram a compensar parte das altas. Os dados completos estarão disponíveis no relatório mensal do IBGE.

Em fevereiro, a energia elétrica residencial foi o principal fator de pressão inflacionária, com alta de 16,8% que contribuiu com 0,56 ponto percentual para o IPCA de fevereiro, que fechou em 1,31%. Os dados do IBGE mostram que gasolina (0,14%), ensino fundamental (0,12%) e superior (0,07%) também pesaram no índice.

Entre os itens que ajudaram a conter a inflação, as passagens aéreas tiveram a maior queda (-20,46%), reduzindo o índice em 0,16 ponto percentual. Serviços culturais, como cinema e teatro, também apresentaram leve recuo (-0,03%).

Com informações do Estadão Conteúdo

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