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Eneva propõe fusão com a Vibra;
Lira prepara “agenda verde” antes da COP28;
Petrobras avalia recompra da Refinaria de Mataripe;
Zema notifica Cemig sobre proposta de federalização.
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A Eneva propôs neste domingo (26/11) uma fusão com a Vibra Energia. A companhia enviou uma carta ao Conselho de Administração da distribuidora propondo uma troca de ações. Veja a íntegra da carta no fato relevante publicado pela empresa.
[ATUALIZAÇÃO: A proposta foi rejeitada pela Vibra em 28/11]
– A proposta prevê que os acionistas de cada companhia fiquem com 50% das ações da empresa resultante. A Eneva tem valor de mercado de R$ 20,7 bilhões e a Vibra, de R$ 25,9 bilhões.
– Internamente, na Eneva, a expectativa é que esta proposta de fusão tenha trajetória menos conturbada que a tentativa realizada em 2020. Diferente da proposta feita e vetada pela AES Tietê, esta não é uma proposta hostil.
– Também dentro da Eneva o movimento é visto como gerador de significativo potencial de sinergia entre as duas empresas, podendo impulsionar projetos de geração de energias renováveis e de interiorização de gás natural em todo país.
– A companhia estima uma demanda potencial de 18 milhões de m3 de gás natural com a substituição do diesel e óleo combustível nas suas áreas de operação, o que poderia ser impulsionado com a fusão.
– A Eneva é a maior produtora independente de gás natural do país, com capacidade de produzir 8,4 milhões de m3 por dia. Tem ainda 5,5 GW de usinas em operação, sendo 4,6 GW de termelétricas a gás e carvão e 870 MWp de solar fotovoltaica.
– Líder de mercado, a Vibra tem 8,3 mil postos de combustíveis no país e 30 milhões de consumidores finais, incluindo 18 mil clientes B2B e outros 50 mil consumidores por meio da comercializadora Comerc.
– O objetivo, segundo a Eneva, é acelerar as vendas de gás por meio da plataforma de distribuição da Vibra, tanto para clientes industriais quanto para substituir o diesel de caminhões e ônibus.
– A companhia resultante teria 30% de sua geração de energia vinda de fontes renováveis, com mais de 3 GW de geração distribuída, eólica e solar centralizada. Com os projetos em desenvolvimento, poderia alcançar 6 GW.
– A Eneva, que já estava buscando parceiro para renováveis, investiu R$ 3,2 bilhões no Complexo Solar Futura, de 870 MWp, na Bahia. As expansões previstas devem ampliar a capacidade para 3.159 MW.
Agenda verde na Câmara. A semana começa com a expectativa da votação da “agenda verde” da Câmara dos Deputados, capitaneada pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP/AL), que montou uma “força-tarefa” para destravar os projetos antes da Conferência do Clima das Nações Unidas (COP28), que começa na quinta-feira (30/11), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
– Na lista de projetos estão a regulamentação do mercado de carbono (PL 412/2022), o PL 5174/2023, que cria o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten), e o Combustível do Futuro (PL 4516/23).
Brasil na COP28. Além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e integrantes do Executivo, como o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD/MG), 25 deputados e senadores devem participar da COP28.
– A indústria do petróleo está em destaque na conferência global, que é presidida pelo CEO da Adnoc, Ahmed al-Jaber. É a primeira vez que a conferência climática da ONU é presidida por um executivo do setor.
– O relatório de Emissões da ONU, lançado antes da conferência, destaca a necessidade de uma redução de 42% nas emissões para alcançar o limite de aquecimento de 1,5°C estabelecido pelo Acordo de Paris.
Milei convida Lula. O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, enviou uma carta a Lula com um convite para sua posse em 10 de dezembro em Buenos Aires, informa o Valor. Depois de insultar por diversas vezes o presidente.
– Milei disse desejar que seu tempo em comum com o petista no poder “seja uma etapa de trabalho frutífero e construção de laços” entre os dois países. Lula vai avaliar a presença na cerimônia, segundo fontes do governo.
– O novo presidente argentino confirmou Horacio Marín como CEO da YPF. Veja quem é o executivo
Sísmica na Foz do Amazonas. O Ibama concedeu licença ambiental para a TGS fazer levantamentos sísmicos 3D nas bacias do Pará-Marahão e Foz do Amazonas. A autorização tem validade de 3 anos.
PetroReconcavo muda liderança. José Firmo será o novo CEO da PetroReconcavo a partir de 1º de janeiro de 2024. Ele substituirá Marcelo Magalhães, que deixará a empresa para um período sabático e realizar outros projetos pessoais
– Firmo é diretor-presidente do Porto do Açu, subsidiária da Prumo, desde 2019. Ele tem mais de 30 anos de atuação na indústria de petróleo, com passagens por Schlumberger e Seadrill, além do IBP e da Abespetro.
Petrobras avalia Rlam. A Petrobras está em conversas com o fundo soberano de Abu Dhabi, Mubadala, sobre uma possível recompra da Refinaria de Mataripe, na Bahia, segundo o presidente da estatal, Jean Paul Prates (PT/RN).
– A antiga Landulpho Alves (Rlam) é operada pela Acelen, que assumiu a operação em dezembro de 2021 depois de desembolsar US$ 1,8 bilhão.
CONTEÚDO PATROCINADO
Shell Energy Gas Forum
No próximo dia 28, às 14h, vamos receber Carolina Bunting, gerente de Novos Negócios da Shell Energy, e Makyo Félix, gerente de Suprimento de Gás e Mercado da Bahiagás, para uma conversa sobre a abertura do mercado de gás natural e os novos modelos de contrato disponíveis.
Inscreva-se para participar e receber as atualizações sobre o evento!
Ceará trava Mitsui. O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), sancionou uma lei que impõe limites à participação de capital estrangeiro em empresas públicas.
– Como antecipou o político epbr, serviço premium de informações sobre política energética da agência epbr (teste grátis por 7 dias), a legislação, na prática, limita em 40% a participação da Mitsui na Cegás – uma das cinco distribuidoras no radar da multinacional.
Rio lança corredor sustentável. O governo estadual do Rio de Janeiro lançou nesta sexta-feira (24/11) um projeto-piloto de corredor sustentável com sete postos de combustíveis adaptados para abastecer caminhões e ônibus com gás natural na Rodovia Presidente Dutra, de ligação com São Paulo. O tempo de abastecimento vai cair de 45 minutos para 15 minutos.
Petrobras volta aos fertilizantes. A Petrobras anunciou seu plano de retornar ao segmento de produção de fertilizantes com a retomada da operação da Araucária Nitrogenados S.A. (Ansa), no Paraná, ao final de 2024 e o início da produção da UFN 3, em Três Lagoas (MS), em 2028.
– A companhia também negocia um contrato de tolling com a Unigel para viabilizar as fábricas de fertilizantes (fafens) da Bahia e de Sergipe. Nesse modelo, a estatal entra com o gás e fica com os fertilizantes, pagando apenas pelo uso das plantas.
Voo 100% SAF. A Emirates tornou-se a primeira companhia aérea do mundo a operar um voo de demonstração com a aeronave A380 utilizando 100% de combustível sustentável de aviação (SAF, em inglês), em um dos motores. A intenção foi demonstrar o potencial de substituição do querosene.
- Opinião: O que dizem os Projetos de Lei sobre Hidrogênio de Baixo Carbono? Os principais pontos dos projetos para o hidrogênio de baixo carbono no Congresso, por Fabiola Sena, Cristiane Araújo, Frederico Freitas, Hugo Crema e Guilherme Czernay.
Federalização da Cemig. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), enviou ofício à Cemig afirmando que avalia a federalização da empresa. O objetivo é abater parte da dívida do estado com a União, que deve chegar a R$ 161 bilhões até o fim do ano.
– A proposta de federalização foi apresentada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG), ao governador na última quarta-feira (22/11). Em seguida, Zema se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT/SP), para discutir a dívida do estado.
Indústria mira renováveis. Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) realizada com empresários de todo o país revela que 86% dos grupos industriais adotam medidas para otimizar o consumo de energia.
– Para os próximos dois anos, o principal foco de investimento é o uso de fontes renováveis de energia, citado por 42% dos entrevistados, seguido por modernização de máquinas (36%) e medidas para otimizar o consumo de energia (32%).
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