Segurança do suprimento

Distribuidoras regionais se mobilizam para garantir oferta de combustíveis após interdição da Refit

Brasilcom diz que associadas trabalham para assegurar continuidade do abastecimento e a estabilidade do mercado

Refinaria de Manguinhos, da Refit, na Zona Norte do Rio de Janeiro (Diego Baravelli, CC BY-SA 4.0)
Refinaria de Manguinhos, da Refit, na Zona Norte do Rio de Janeiro (Diego Baravelli, CC BY-SA 4.0)

BELO HORIZONTE — Distribuidoras regionais se mobilizaram para ampliar a oferta de combustíveis para atender a demanda fluminense em meio à interdição da Refinaria de Manguinhos (Refit), disse a Federação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, Gás Natural e Biocombustíveis (Brasilcom) em nota na segunda-feira (29/9).

Segundo a entidade, o segmento está “trabalhando ao máximo de suas capacidades para assegurar o abastecimento de combustíveis”, de modo a manter o Rio de Janeiro plenamente atendido.

“As entidades representativas do setor mantêm diálogo permanente com a ANP, com o Ministério de Minas e Energia (MME) e demais autoridades, buscando soluções que assegurem a continuidade do abastecimento e a estabilidade do mercado, sem prejuízo da concorrência leal e do equilíbrio regional”, disse a Brasilcom.

Segundo o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), a unidade era responsável pelo suprimento de cerca de 20% do mercado de combustíveis do Rio de Janeiro e 10% de São Paulo, sobretudo de gasolina.

O IBP também iniciou uma força-tarefa para garantir o suprimento. As duas principais ações previstas são o aumento da carga de processamento da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), da Petrobras, e a mobilização de uma frota adicional de cerca de 200 caminhões por dia para transportar produtos a partir das refinarias de São Paulo.

A interdição da Refit pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) ocorreu na sexta-feira (26/9).

Entre os motivos está o descumprimento das regras de cessão de espaço para distribuidoras de combustíveis. Também há indícios que a refinaria não processou correntes de petróleo ou insumos para produção de derivados, o que é vedado pela regulamentação vigente.

Foi um desdobramento das operações Cadeia de Carbono, da Receita Federal, e Carbono Oculto, do Ministério Público de São Paulo.

Inscreva-se em nossas newsletters

Fique bem-informado sobre energia todos os dias