BELO HORIZONTE — Distribuidoras regionais se mobilizaram para ampliar a oferta de combustíveis para atender a demanda fluminense em meio à interdição da Refinaria de Manguinhos (Refit), disse a Federação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, Gás Natural e Biocombustíveis (Brasilcom) em nota na segunda-feira (29/9).
Segundo a entidade, o segmento está “trabalhando ao máximo de suas capacidades para assegurar o abastecimento de combustíveis”, de modo a manter o Rio de Janeiro plenamente atendido.
“As entidades representativas do setor mantêm diálogo permanente com a ANP, com o Ministério de Minas e Energia (MME) e demais autoridades, buscando soluções que assegurem a continuidade do abastecimento e a estabilidade do mercado, sem prejuízo da concorrência leal e do equilíbrio regional”, disse a Brasilcom.
Segundo o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), a unidade era responsável pelo suprimento de cerca de 20% do mercado de combustíveis do Rio de Janeiro e 10% de São Paulo, sobretudo de gasolina.
O IBP também iniciou uma força-tarefa para garantir o suprimento. As duas principais ações previstas são o aumento da carga de processamento da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), da Petrobras, e a mobilização de uma frota adicional de cerca de 200 caminhões por dia para transportar produtos a partir das refinarias de São Paulo.
A interdição da Refit pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) ocorreu na sexta-feira (26/9).
Entre os motivos está o descumprimento das regras de cessão de espaço para distribuidoras de combustíveis. Também há indícios que a refinaria não processou correntes de petróleo ou insumos para produção de derivados, o que é vedado pela regulamentação vigente.
Foi um desdobramento das operações Cadeia de Carbono, da Receita Federal, e Carbono Oculto, do Ministério Público de São Paulo.