Deputado Arnaldo Jardim propõe proibição de importações para favorecer combustíveis nacionais

Projeto foi claramente em resposta às declarações de Jair Bolsonaro, que rejeitou publicamente pedido do setor sucroenergético

Arnaldo Jardim sugere taxação de carbono no Brasil. Na imagem: Deputado Arnaldo Jardim (Foto: Câmara dos Deputados)
O deputado Arnaldo Jardim (PPS/SP) será o coordenador da Frente Parlamentar Mista para a Criação de Estímulos Econômicos para a Preservação Ambiental

O deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania/SP) entrou com um projeto para vetar as importações de gasolina A, diesel S10 e S500 e etanol combustível por 90 dias, prorrogáveis por mais 60 dias. Clara resposta às declarações de Jair Bolsonaro, que rejeitou publicamente o pedido do setor sucroenergético – elevação da Cide e taxa de importação de 15% sobre a gasolina, para aumentar competitividade do etanol hidratado.

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Jardim anunciou publicamente o acordo com o Ministério da Economia há cerca de duas semanas, mas acabou desmentido pela própria pasta e, posteriormente, por Bolsonaro.

Deputado cita cinco motivos para a proibição de autorização, licença e anuência prévia de importações: preservação das mais de 400 usinas de etanol e biodiesel; de mais de um milhão de empregos; de “reservas cambiais nacionais”; da participação dos combustíveis limpos na matriz energética. E do parque nacional de refino de gasolina e diesel – da Petrobras, empresa veementemente contra o aumento de impostos para beneficiar o etanol.

O setor de etanol não desistiu das medidas de socorro. Arnaldo Jardim é coordenador da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Setor Sucroenergético – e têm apoio da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). A pressão começa a chegar diretamente na Presidência da República, por meio de prefeitos de regiões produtoras de São Paulo.

Na sexta (8), Jardim enviou uma um ofício à Bolsonaro reforçando o pedido para “evitar o colapso do setor sucroenergético” – com Cide, taxa de importação, diferimento de PIS/Pasep e Cofins e crédito lastreado nos estoques de etanol (warrantagem).

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Deputado da FPA quer zerar impostos de importação

Geninho Zuliani (DEM/SP), membro da FPA, pressiona o governo pela warrantagem, mas tenta abertura maior do mercado de combustíveis, na contramão da pauta dos usineiros. Na sexta (8), propôs que o governo fique autorizado a zerar impostos sobre importação de combustíveis.

A Isenção valeria para PIS/PASEP-Importação e Cofins-Importação cobrado sobre combustíveis, durante quaisquer períodos de calamidade pública.

“A incidência de tributos (…) onera em demasia o preço dos combustíveis, em especial o etanol hidratado, que é usado para fins industriais como a produção de polietileno verde, produtos de limpeza, fármacos, cosmético dentre outros, o que acaba por acarreta o aumento em dominó desses itens, afetando todos os consumidores e comprometendo uma parcela maior da renda das famílias”, justifica.

Nesta quinta (14), conversamos com Heloísa Borges, Superintendente de Promoção de Licitações da ANP, sobre o futuro da oferta permanente de áreas de exploração, ao vivo, no Youtube.  

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