A prefeitura de São Paulo entregou, na quarta (23/7) mais 120 novos ônibus elétricos para o transporte público da cidade, elevando para 841 o número de veículos de baixo carbono na frota pública, o equivalente a 6,3% dos 13.336 ônibus que fazem o transporte de passageiros.
De acordo com o Programa de Metas de 2025 a 2028, a capital paulista deve substituir 2,2 mil ônibus movidos a diesel por alternativas mais limpas. É uma revisão para baixo da ambição anterior, que previa a substituição de 20% da frota.
Durante o lançamento, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) também anunciou que prepara uma chamada pública para fornecimento de biometano.
O plano é incorporar o biocombustível produzido a partir de resíduos à frota. O edital está previsto para ser lançado até o dia 20 de agosto.
É uma forma de avançar com a substituição dos veículos a diesel aproveitando o potencial paulista na oferta de biometano.
Em junho, Nunes culpou a Enel pelo atraso na substituição da frota de ônibus convencionais por elétrico. Segundo ele, a cidade tinha 200 ônibus prontos para entrega, mas à espera de ações da distribuidora de energia.
Na época, a concessionária rebateu afirmando que já entregou obras para 900 veículos.
O biometano chega como uma alternativa neste sentido. Segundo o governo local, a chamada vai colher propostas de empresas com soluções para produzir e abastecer os veículos nas garagens da cidade.
Eletrificação da frota
“Essa é uma conquista para a cidade de São Paulo, mais 120 ônibus elétricos, que deixam de consumir 35 mil litros de diesel por ano e representam 6.400 árvores anualmente”, celebrou o prefeito na quarta.
Cada ônibus elétrico deixa de emitir, em média, 87 toneladas de CO2 por ano. Com isso, os 120 veículos entregues representam uma redução de 10,4 mil toneladas anuais na emissão de poluentes.
As unidades são dos modelos eBásico e ePadron 13m, com carrocerias das fabricantes Caio e Marcopolo, além de chassis e tecnologia fornecidos por BYD, Mercedes-Eletra, Mercedes e Marcopolo.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiou 69 veículos e a Caixa Econômica Federal outros 51.