Biodiesel

Associações de combustíveis pedem ao MME mais testes com B25

Lei do Combustível do Futuro permite ao CNPE avaliar a viabilidade de mistura obrigatória de 25% de biodiesel ao diesel

Preço da molécula do gás natural precisa cair mais da metade para viabilizar metanol, estima estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Na imagem: Usina de biodiesel em Porto Real (RJ), Médio Paraíba fluminense (Foto: Petrobras)
Usina de biodiesel em Porto Real (RJ), Médio Paraíba fluminense (Foto: Petrobras)

LYON (FR) – Associações de combustíveis fósseis enviaram, nesta quinta-feira (30/1), uma carta (.pdf) ao Ministério de Minas e Energia (MME) pedindo que sejam realizados testes “abrangentes e rigorosos de bancada e de campo” na mistura de 25% de biodiesel ao diesel (B25).

Assinam o documento a Confederação Nacional do Transporte (CNT), o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), a Federação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, Gás Natural e Biocombustíveis (Brasilcom), a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) e o Sindicato Nacional Transportador, Revendedor e Retalhista de combustível (SIND TRR).

A Lei do Combustível do Futuro (14.993/2024) dá aval ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) para avaliar a viabilidade técnica de estabelecer o percentual de mistura de biodiesel ao diesel de até 25%.

Atualmente, a mistura obrigatória é de 14% e deve chegar a 20% em 2030 — valor máximo considerado seguro por pesquisas.

As entidades demonstraram preocupação com discussões sobre a mistura B25, como workshop realizado pelo MME em outubro de 2024. Segundo os grupos, é importante evitar “a falta de consenso observada pelo MME em relação aos resultados dos testes efetuados com o B15 em 2019”.

As associações enfatizaram a importância da realização de testes do B25 para diferentes condições de uso e tecnologias veiculares, e, se necessário, de atualização das especificações do biodiesel promovidas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Defendem, ainda, a importância de um debate que inclua todos os participantes do mercado.

“É fundamental que o MME invista em testes transparentes para avaliar o impacto do aumento da mistura em diferentes cenários, sobretudo para cadeias mais longas e a frota mais antiga ainda em operação. Os resultados devem ser públicos e acessíveis a todos os interessados”, afirmaram. 

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