Operação Munduruku

ANP apreende 100 mil litros de combustíveis em operação contra garimpo ilegal no Pará

Ação que teve sua primeira fase encerrada na última sexta resultou na destruição de acampamentos, apreensão de combustíveis e equipamentos, além da desarticulação da logística de mineração clandestina

Balsa transporta combustíveis no rio Madeira, um dos principais afluentes do rio Amazonas (Foto Esio Mendes/Governo de RO)
Balsa transporta combustíveis no rio Madeira, um dos principais afluentes do rio Amazonas

SÃO PAULO — A Operação de Desintrusão da Terra Indígena Munduruku (OD-TIMU) resultou na apreensão de mais de 96 mil litros de combustíveis, incluindo óleo diesel, que abasteciam garimpos ilegais no Pará.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) identificou e autuou fornecedores irregulares, incluindo postos de combustíveis, transportadores fluviais e pontos de abastecimento clandestinos. A interrupção desse fluxo foi considerada essencial para desarticular a logística do garimpo na região.

Coordenada pela Casa Civil, a Operação Munduruku reuniu forças de segurança e órgãos federais, como os Ministérios da Justiça e Segurança Pública, da Defesa e dos Povos Indígenas, além da Polícia Federal, Exército e Ibama.

Em quase três meses de atuação, as ações causaram um prejuízo de R$ 112,3 milhões às atividades ilícitas e resultaram na destruição de 90 acampamentos, 15 embarcações, 27 máquinas pesadas e 224 motores usados na mineração ilegal.

A operação, fundamentada na ADPF 709 do Supremo Tribunal Federal (STF), busca proteger territórios indígenas contra invasões e impactos ambientais. Além da repressão ao garimpo, a Polícia Federal intensificou investigações sobre a comercialização ilegal de ouro, desarticulando redes criminosas envolvidas na atividade.

Com a conclusão da primeira fase, novas etapas serão executadas para garantir a retirada completa dos invasores e impedir a retomada das atividades ilegais. O governo mantém o monitoramento da área e promete reforçar o combate à exploração mineral clandestina na Amazônia.

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