Estimativas da Greener apontam que o Brasil deve encerrar 2024 com cerca de 6,8 mil estações de recarga para veículos elétricos em operação, com a instalação de 2,5 mil novas estações ao longo do ano.
A projeção é baseada na Plataforma Nacional de Mobilidade Elétrica (PNME), que indica que o Brasil terá 10 mil estações de recarga públicas e semipúblicas até 2025.
No período entre janeiro e agosto de 2023, houve um aumento de 28% na quantidade de eletropostos públicos, alcançando 3,8 mil pontos de recarga, de acordo com um levantamento da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). No final de dezembro de 2022, eram 2.955 eletropontos.
Segundo a ABVE, esse progresso é impulsionado pela crescente aceitação dessa tecnologia na indústria automotiva nacional. E destaca que a expansão da rede de recarga tem sido fundamental para impulsionar a presença dos eletrificados no mercado, reduzindo as preocupações dos consumidores quanto ao abastecimento.
Empresas como Raízen, BYD, Ipiranga, Tupinambá, EZ Volt, Vibra e outras têm implementado projetos para ampliar a quantidade de pontos de recarga públicos.
Recentemente, a Kinsol, uma franquia do setor de energia, anunciou planos de inaugurar até o final de 2025 um total de 1.000 eletropostos ultra rápidos, com um investimento projetado de R$150 milhões. O tempo de carga total é de 20 a 40 minutos, diz a brasileira.
O projeto será implementado na capital paulista e na Grande São Paulo, com eventuais parceiros interessados na comercialização de energia para veículos elétricos, afirma Mauricio Crivelin, CEO da Kinsol.
Emplacamentos
Abril de 2024 registrou o segundo melhor desempenho histórico para o mercado de veículos leves eletrificados no Brasil, com vendas de 15.206 unidades, alta de 12% em relação a março e um expressivo aumento de 217% comparado a abril de 2023. A participação de mercado (market share) dos eletrificados em abril foi de 7,3%.
Os veículos plug-in (BEV+PHEV), com recarga externa, dominaram as vendas e estabeleceram novo recorde, de 70% do total de eletrificados no mês, com 10.440 unidades emplacadas.
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Os 30% restantes (4.766) se dividiram entre os modelos híbridos (HEV/HEV Flex), 3.536 veículos, e micro-híbridos (MHEV), 1.230 unidades, ou 8,1% do total de eletrificados.
Os híbridos convencionais flex (HEV Flex) representaram 13,7% (2.082 emplacamentos) do total de elétricos.
Nos primeiros quatro meses de 2024, foram emplacados 51.296 veículos, um crescimento de 162% em relação ao mesmo período de 2023.
Desde de maio de 2023, o número de emplacamentos dos eletrificados aumenta gradativamente, a uma taxa média de crescimento mensal em torno de 12%.
Tecnologias
Os veículos 100% elétricos (BEV) continuam em ascensão, representando 44,1% das vendas de eletrificados em abril (6.705 emplacamentos), um crescimento expressivo de 1.087% em comparação a abril de 2023, indicando uma tendência de consumidores cada vez mais interessados em tecnologias limpas e sustentáveis. Em relação a março (6.137), o aumento foi de 9,5%.
Os híbridos plug-in constituíram 24,5% dos emplacamentos de eletrificados, com 3.735 unidades vendidas, um aumento de 221% sobre abril de 2023. Enquanto os híbridos PHEV a gasolina alcançaram 9,6% (1.454 unidades), salto de 524% na comparação com abril de 2023 (233), quando os modelos começaram a ser comercializados no país.
No acumulado dos quatro primeiros meses de 2024, as cinco montadoras que mais emplacaram veículos eletrificados foram: BYD (21.984), GWM (8.016), Toyota (6.950), Caoa Chery (3.082), Volvo (2.043).
Por localidade
O estado de São Paulo liderou os emplacamentos de eletrificados (4.953 unidades) em abril, cerca de 66% do total de elétricos. Na sequência vêm Rio de Janeiro (1.290 veículos), sendo 60% deles elétricos plug-in, e o Distrito Federal (1.266 emplacamentos), dos quais 76,5% são elétricos a bateria e híbridos plug-in.
Os cinco municípios que mais emplacaram eletrificados em abril foram: São Paulo (2.192), Brasília (1.266), Rio de Janeiro, (783), Curitiba (612) e Belo Horizonte (418).
