O bloco Ametista, na Bacia de Santos, autorizado este ano pelo CNPE para participar da oferta permanente de áreas de partilha da produção, tem estrutura geológica similar à descoberta de Ranger, feita pela ExxonMobil, no bloco Stabroek, na Guiana.
A informação é do superintendente adjunto de Avaliação Geológica e Econômica da Agência Nacional do Petróleo, Ronan Ávila, que participou nesta terça (29/11) do 5º Fórum Técnico Pré-Sal Petróleo (PPSA), que aconteceu no Rio de Janeiro.
“Esse bloco é muito parecido com uma descoberta recente feita lá na Guiana. Então, dentro dessa região (polígono do pré-sal) tem coisas novas para serem descobertas. Na nossa avaliação interna na agência esse bloco parece muito com o prospecto de Ranger, que foi furado e achou óleo na Guiana”, afirmou Ávila.
Ranger foi a sexta descoberta feita pela ExxonMobil no Stabroek Block, anunciada em janeiro de 2018. O poço pioneiro encontrou aproximadamente 70 metros de reservatório de carbonato de alta qualidade.
A ExxonMobil já fez mais de 25 descobertas de petróleo desde maio de 2015 e começou a produzir na região em dezembro de 2019 a partir do FPSO Liza 1, contratado com a SBM Offshore.
Reveja a apresentação do superintendente adjunto da ANP, Ronan Ávila, no 5º Fórum Técnico Pré-Sal Petróleo (PPSA), que aconteceu no Rio de Janeiro.
Ametista não estará no leilão de dezembro
A ANP realiza no próximo dia 16 de dezembro o 1º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha de Produção, que vai ofertar ao todo 11 áreas exploratórias. São elas: Esmeralda, Sudoeste de Sagitário, Bumerangue, Tupinambá, Cruzeiro do Sul, Ágata, Jade, Itaimbezinho, Água Marinha, Norte de Brava, Turmalina.
Ávila explicou que Ametista não participará da concorrência já que a decisão do CNPE saiu quando o edital do leilão já estava em consulta pública. Para evitar um atraso na concorrência, optou-se por deixar Ametista para ser oferta em 2023, a partir de uma manifestação da indústria.
A estimativa da agência é que os 11 blocos tenham entre 24 e 40 bilhões de barris de petróleo não riscados, que contém risco exploratório.
A Petrobras já exerceu o direito de preferência para garantir, como operadora, participação mínima de 30% em Água Marinha e Norte de Brava, na Bacia de Campos.
Entre analistas, a expectativa é que a oferta permanente de áreas do pré-sal atraia o interesse das petroleiras, mas que a concorrência pelos ativos tende a ser moderada.
“O pré-sal não é um play que está indo para seu final. Embora, agora a gente passe por uma nova fase de risco exploratório. Mas o que tem para se descobrir é relativamente menor do que já foi descoberto. No entanto, os volumes ainda são bastante atrativos”, completou.
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