Energia

Abar critica corte no orçamento das agências federais

Governo bloqueou 20% dos gastos não obrigatórios de agências reguladoras. Ações de fiscalização serão as mais impactadas, avalia associação. 

Associação Brasileira de Agências Reguladoras (Abar) critica corte no orçamento das agências reguladoras federais. Na imagem: Fachada da sede da Aneel, em Brasília, DF (Foto: Reprodução Aneel)
Fachada da sede da Aneel, em Brasília, DF (Foto: Reprodução Aneel)

BELO HORIZONTE – A Associação Brasileira de Agências Reguladoras (Abar) criticou o bloqueio de 20% do orçamento de 2024 das agências reguladoras. A organização avalia que o maior impacto será nas ações de fiscalização e em iniciativas regulatórias – no momento em que se discutem estratégias de reindustrialização.

A associação, que reúne nove das onze agências reguladoras federais, espera que o governo federal revise a medida. “[O bloqueio] vai na contramão da função redistributiva dos serviços públicos e dos movimentos governamentais para a atração de investimentos e a qualificação da infraestrutura para toda a cadeia produtiva”.

Na semana passada, as agências reguladoras federais divulgaram nota conjunta destacando que “juntas, arrecadam mais de R$ 130 bilhões por ano, enquanto o orçamento previsto para 2024 era de cerca de R$ 5 bilhões” – valor já considerado insuficiente.

Além disso, ressaltam que mais de 65% dos cargos do quadro de pessoal estão vagos, e que o número de vagas autorizadas para a realização de concurso não é suficiente para recompor nem a metade do montante.

“Somada à deficiência de recursos humanos, a redução indevida das diversas e complexas atividades das agências federais em razão da restrição da receita própria prejudica o consumidor brasileiro, que não terá a adequada fiscalização das empresas, e reflete incompreensão dos efeitos econômicos adversos da medida”, conclui a Abar.

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