Offshore

Potencial até 1 bi de barris em Sergipe é avaliação unilateral da Murphy Oil, esclarece Enauta

A Enauta é sócia no projeto, junto com a Murphy Oil. A campanha é operada pela ExxonMobil, que não se pronuncia sobre o caso

Potencial até 1 bi de barris em Sergipe é avaliação unilateral da Murphy Oil, esclarece Enauta. Na imagem: Brava Star (NS-45), navio-sonda offshore da Petrobras (Foto: Divulgação Constellation)
Brava Star (NS-45), navio-sonda offshore da Petrobras (Foto: Divulgação Constellation)

Segundo a Enauta, a estimativa de até 1 bilhão de barris no bloco SEAL-M-428 (prospecto Cutthroat), em águas profundas de Sergipe, “foi elaborada pela Murphy Oil de maneira unilateral anteriormente ao início da perfuração”.

A Enauta é sócia no projeto, junto com a Murphy Oil. A campanha é operada pela ExxonMobil, que não se pronuncia sobre o caso.

A Enauta “destaca que, segundo a sua área técnica, a avaliação do prospecto somente será efetivamente conhecida após a perfuração e a perfilagem final do poço. A Companhia manterá o mercado informado sobre esse tema”, diz o comunicado.

A perfuração do primeiro poço no bloco começou em 20 de fevereiro de 2022  e deve ser concluída nas próximas semanas, disse o presidente-executivo da Murphy Oil, Roger Jenkins, em apresentação aos investidores. Segundo ele, a área tem potencial de recursos brutos entre 500 milhões e 1,050 bilhão de boe, informa a Reuters.

A ExxonMobil detém 50% de participação no consórcio formado também pela Murphy Oil (20%), dos EUA, e pela brasileira Enauta (30%) para explorar nove blocos no litoral de Sergipe.

Se as expectativas se confirmarem, será a primeira descoberta de grande porte da ExxonMobil como operadora no país.

A licença para a perfuração foi emitida pelo Ibama em 17 de fevereiro. A campanha tem como objetivo perfurar até 11 poços exploratórios nos blocos SEAL-M-351, SEAL-M-428, SEAL-M-430, SEAL-M-501, SEAL-M-503 e SEAL-M-573, áreas das 13ª, 14ª e 15ª rodadas de licitação da ANP. A licença tem validade de cinco anos.

As informações da Enauta constam em fato relevante que a companhia publicou após oscilações no preço das ações na B3 e no volume de negócios.

As movimentações, a seu ver,  “não são atípicas” e, segundo a Enauta podem ser fundamentadas pelo preço do Brent no período.

Cita também que pode ter ocorrido pelas “eventuais especulações relativas à atividade exploratória na Bacia de Sergipe-Alagoas, mais especificamente com relação ao Bloco SEAL-M-428 (prospecto Cutthroat), tendo em vista que foi anunciado por meio de Comunicado ao Mercado em 21 de fevereiro de 2022 o início da perfuração do primeiro poço exploratório”.

Veja o comunicado da Enauta, na íntegra:

“A Companhia informa que, a seu ver, as oscilações verificadas no preço e no volume de negócios envolvendo as ações de sua emissão não são atípicas e podem ser fundamentadas pelo seguinte:

  • movimentação do preço do Brent no período, que está em linha com a movimentação nas ações de emissão da Companhia; 
  • no dia 22/03, no final do pregão, houve um block trade de 496.000 ações de emissão da Companhia com desconto de aproximadamente 5% em relação ao valor de fechamento do dia anterior, o qual, conjugado com a alta do preço do Brent verificada no momento da abertura dos mercados, gerou um ajuste positivo durante o dia de ontem na cotação; e
  • como já indicado no Comunicado ao Mercado divulgado em 09 de março de 2022, eventuais especulações relativas à atividade exploratória na Bacia de Sergipe-Alagoas, mais especificamente com relação ao Bloco SEAL-M-428 (prospecto Cutthroat), tendo em vista que foi anunciado por meio de Comunicado ao Mercado em 21 de fevereiro de 2022 o início da perfuração do primeiro poço exploratório no referido bloco.

A esse respeito, aproveitamos a oportunidade para tratar da notícia publicada ontem na Reuters a respeito da atividade exploratória em tal bloco. A notícia indica uma estimativa de barris de petróleo e gás que a Murphy Oil, parceira na perfuração desse poço, teria divulgado.

Esclareça-se que essa estimativa foi elaborada pela Murphy Oil de maneira unilateral anteriormente ao início da perfuração. A Companha destaca que, segundo a sua área técnica, a avaliação do prospecto somente será efetivamente conhecida após a perfuração e a perfilagem final do poço. A Companhia manterá o mercado informado sobre esse tema.”