Offshore

PPSA libera lances em conjunto no próximo leilão de óleo da União

Mudança em edital de leilão previsto para julho foi feita para aumentar atratividade na concorrência por óleo do pré-sal

Pré-Sal Petróleo (PPSA) libera lances em conjunto de empresas no próximo leilão de petróleo da União. Na imagem: FPSO P-75, parte do sistema de produção de Búzios, operando no offshore do pré-sal da Bacia de Santos; que agregou para a Petrobras 2 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) em reservas em 2022 (Foto: Agência Petrobras)
FPSO P-75 operando em Búzios: continuidade do desenvolvimento do campo, no pré-sal da Bacia de Santos (Foto: Agência Petrobras)

BRASÍLIA – A Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA) fez alterações no edital do leilão que acontecerá em 31 de julho, na B3, e passou a permitir a participação de conjunto de empresas nas negociações dos quatro lotes que, somados, chegam ao total de 33 milhões de barris de petróleo.

Na versão anterior, as empresas poderiam participar apenas individualmente ou por meio de consórcio. Segundo o superintendente de comercialização da PPSA, Guilherme França, a revisão torna o processo mais atrativo.

O documento traz, ainda, uma alteração técnica na fórmula de preço, que visou adequar a prática brasileira de medição, que é feita em m³ a 20º C, com a prática internacional, que é feita em barris a 60º F.

Esta será a primeira vez que a estatal negocia cargas de óleo da União na bolsa de valores. Serão comercializados 33 milhões de barris da produção estimada, em 2025, dos Campos de Mero e Búzios.

Serão leiloados, separadamente, quatro lotes de petróleo, sendo três de Mero (dois deles com quantidades estimadas de 10 milhões de barris e um de 10,5 milhões de barris) e um de Búzios (com quantidade estimada de 2,5 milhões de barris).

A expectativa é de que a arrecadação com o leilão supere R$ 13 bilhões para o governo federal. Os recursos serão recebidos ao longo de 2025 e podem variar conforme o preço do barril, o valor oferecido no leilão e a taxa de câmbio.

A sessão pública poderá ocorrer em duas etapas para cada lote leiloado, sendo vencedora aquela empresa que oferecer o melhor preço. Na primeira etapa, os preços deverão ser maiores do que o Limite Mínimo de Preço que será fixado pela PPSA com dois dias de antecedência ao leilão, em dólar.

“Nossa missão é maximizar os resultados para a União e por isso, para a primeira fase, estabeleceremos um valor mínimo de preços, com base no Brent datado. Uma proposta maior que US$ 0,40/bbl da segunda colocada será declarada vencedora do lote, enquanto propostas de preço distantes entre si em até US$ 0,40/barril será condição para realizar um pregão a viva-voz, com a participação daquelas empresas que apresentaram proposta nesse intervalo”, explicou França.

Caso não haja ofertas acima do referido patamar inicial de preços, será realizada a segunda etapa da sessão, baseada num novo patamar de preço mínimo anunciado na hora, sendo aberto um pregão em viva voz com a participação de todas as empresas habilitadas.