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PotencializEE e Finep firmam parceria para financiar eficiência energética em PMEs industriais

Linha de crédito pretende acelerar financiamento de projetos para reduzir consumo de energia em pequenas e médias indústrias

Dois técnicos do programa do PotencializEE em parceria com Finep que oferece linha de crédito visando envolver PMEs no movimento de efeiciência energética para descarbonizar operações (Foto: Divulgação PotencializEE)
Programa busca envolver PMEs no movimento de efeiciência energética para descarbonizar operações (Foto: Divulgação/PotencializEE)

BRASÍLIA – O programa PotencializEE anunciou, nesta quinta (23/5), uma parceria com a Finep, agência de fomento vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), para uma linha de crédito voltada a pequenas e médias (PMEs) indústrias que façam parte da iniciativa que promove a eficiência energética no segmento industrial.

Atualmente em implementação no estado de São Paulo, o PotencializEE oferece apoio técnico e financeiro para envolver as PMEs no movimento de descarbonização por meio da eficiência energética. Desde subsídios para a realização de diagnósticos energéticos até apoio ao financiamentos para os projetos.

No caso da parceria com a Finep, a intenção é permitir que essas empresas tenham acesso automático e simplificado ao Finep Inovacred, linha de financiamento com taxa de juros atrelada à taxa referencial (TR) e que gira em torno de 7% ao ano.

Antes dessa parceria, para ter acesso ao crédito, as empresas precisavam passar por uma avaliação do mérito da inovação, o que agora será feito previamente pelo Senai, responsável pela realização dos diagnósticos energéticos das PMEs que participam do programa.

“Só o fato de as empresas serem enquadradas automaticamente nessa linha da Finep, que possui condições muito atrativas, é uma grande vantagem para esse perfil de empresas, que encontram dificuldades em acessar o crédito”, explica Luiz Lubi, da agência de cooperação alemã GIZ, coordenador do PotencializEE.

Duas das principais abordagens do programa conduzido pelo governo brasileiro em parceria com a Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ, em alemão) são o investimento em eficiência energética industrial e a eliminação do desperdício em energia térmica, medidas que impulsionam a inovação, principalmente aqueles ligados à produção de calor e frio, na visão dos desenvolvedores do programa.

De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a indústria, em geral, responde por 32% do consumo final de energia do Brasil. Com idade média de 14 anos, máquinas e equipamentos gastam cerca de R$ 90 bilhões com eletricidade e combustíveis.

“O envolvimento de PMEs no processo de descarbonização da economia é essencial para alcançar as metas climáticas brasileiras. Para se ter uma ideia, mais de 90% das emissões de gases de efeito estufa de uma grande empresa estão concentradas em sua cadeia de valor, composta principalmente por pequenas e médias empresas”, comenta Marco Schiewe, diretor do PotencializEE.

“Incentivar a eficiência energética em indústrias de menor porte melhora a competitividade reduzindo custos e também melhorando seus indicadores de sustentabilidade”, conclui.