Desde o ano passado, a ANP está promovendo um debate sobre a viabilidade de investimentos para elevar o fator de recuperação nos campos maduros brasileiros. O trabalho resultou na proposta de resolução que entrou em consulta pública na segunda-feira (2/5), com o objetivo de reduzir a alíquota de royalties sobre a produção incremental de campos em declínio. Reunimos a seguir os principais dados de reserva, produção e os fatores de recuperação das bacias brasileiras.
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A ANP estima que 1% adicional no fator de recuperação representará US$ 18 bilhões em novos investimentos ao longo da vida dos campos, representando um desenvolvimento adicional de 2,2 bilhões de barris de óleo equivalente (boe).
Dados também mostram que na maioria das bacias a produção total acumulada, em 2016, é maior que as reservas classificadas como provadas no mesmo ano – os ativos produzem mais que o esperado.
Na Bacia de Campos, que perde este ano o posto de principal província produtora do país, para Santos, o fator de recuperação é da ordem de 24%. A ANP calcula que 16% das reservas do pós-sal brasileiro foram produzidos, 6% são reservas provadas, 2% são provadas e 1%, possíveis, totalizando 25%. Ou seja, 75% do pós-sal são recursos que não serão acessados sem investimento em aumento no fator de recuperação. Veja os dados de cada bacia: