RIO – O Ministério de Minas e Energia (MME) enviou oficialmente à Petrobras a lista de indicados ao Conselho de Administração da petroleira. A eleição do colegiado está marcada para a Assembleia Geral Ordinária (AGO) de acionistas de 25 de abril.
Conforme antecipado no político epbr, serviço premium de informações sobre política energética da agência epbr (teste grátis por 7 dias), o MME optou pela recondução de todos os seis atuais conselheiros que haviam sido, em 2023, indicados pela União:
- Pietro Mendes, indicado novamente para presidir o CA, agora por mais dois anos;
- Jean Paul Prates, o CEO da estatal;
- Vitor Saback;
- Renato Galuppo
- Bruno Moretti
- Sergio Machado Rezende
Além desses seis, o governo também indicou mais outros dois nomes:
- Benjamin Rabello Filho, presidente do Comitê de Investimentos (COINV) da Petrobras, eleito em 2023. Foi assessor do desembargador Pedro Aleixo Neto no TJMG (2015-2016); diretor da Imprensa Oficial de MG (2013-2015) e Juiz titular do TRE do estado (2009-2011);
- e Ivanyra Correia, nome com experiência como conselheira de diversas empresas no mercado financeiro, de infraestrutura e energia, com mandatos ou passagens por Bradesco, Statkraft, empresas do grupo Zurich e Votorantim.
Silveira emplaca trio
Pietro Mendes, Saback e Galuppo são nomes ligados ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), com atuações ligadas à pasta ou áreas correlatas:
Pietro é secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME, enquanto Saback é secretário-executivo de Geologia, Mineração e Transformação Mineral da pasta e Galuppo é conselheiro da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA).
Galuppo assumiu uma vaga no Conselho da Petrobras em janeiro de forma interina, após a saída de Efrain da Cruz, ex-secretário executivo que foi exonerado do MME. Ele já havia atuado como membro de um dos comitês de assessoramento do Conselho da Petrobras.
Havia dúvidas se Prates tentaria emplacar nomes ligados ao PT no conselho, com especulações em torno do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e da secretária-executiva da Casa Civil Miriam Belchior. Prates negou as especulações.
Conselho da Petrobras terá ao menos uma renovação
O governo totaliza oito indicações, mas, com a expectativa, com base no histórico recente dos votos múltiplos, é eleger seis nomes para compor o colegiado.
Entenda: Quando o voto múltiplo é acionado, a chapa apresentada pelo governo é desfeita. Nesse caso, são eleitos os nomes mais votados individualmente, e não em bloco, dentre os nomes indicados pelo controlador e pelos minoritários.
Ao todo, o conselho da Petrobras tem 11 vagas. Os outros cinco nomes que compõem o grupo da Petrobras representam os acionistas minoritários e os empregados da estatal.
Está prevista ao menos uma renovação entre os representantes dos minoritários, já que o conselheiro Marcelo Mesquita não poderá mais ser reconduzido, por ser membro desde 2016.
A expectativa é que o banqueiro José Abdalla Filho e o advogado Marcelo Gasparino terão os votos para se reeleger. O outro representante dos minoritários é o economista e advogado Francisco Petros.
A AGO está prevista para 25 de abril. Até lá, os nomes precisam passar pela análise do Comitê de Elegibilidade (Celeg) da Petrobras, órgão consultivo. Mesmo com a avaliação do comitê, a decisão da assembleia é soberana.