#rodada15 Não Fracking Brasil e 350.org na 15ª rodada

Protestos foram violentamente reprimidos no hotel onde o leilão era realizado . Foto: Kelly Lima
Protestos foram violentamente reprimidos no hotel onde o leilão era realizado . Foto: Kelly Lima
Protestos foram violentamente reprimidos no hotel onde foi realizada a 14a rodada, em 2017 . Foto: Kelly Lima

A Não Fracking Brasil e a 350.org têm marcada uma participação, nessa quinta-feira (28/3), na 15ª rodada da ANP. As organizações defendem a redução do uso de combustíveis fósseis na matriz energética e o banimento da técnica de faturamento hidráulico para recuperação de petróleo e gás, entre outras bandeiras.

Em comunicado, a Coalizão Não Fracking Brasil pelo Clima, Água e Vida (Coesus) e a 350.org Brasil, ressaltam que são contrárias a contratação de áreas para expansão da exploração e produção de petróleo e gás natural.

“Ao estabelecer que o mundo precisa combater urgentemente o aquecimento global, o Acordo do Clima de Paris, de 2015, colocou um prazo de validade na indústria do petróleo. Para cumprir as metas, todo o nosso óleo e gás precisam permanecer no chão – não há outra opção”, defende a diretora da 350.org no Brasil e América Latina, Nicole Figueiredo de Oliveira.

De acordo com as ONGs, foi acertada com a ANP um momento para manifestação de representantes na abertura da sessão de oferta de blocos em terra, marcada para a parte da tarde.

“Diferente do cerceamento de participação que vinha ocorrendo nas últimas rodadas, dessa vez membros da Coesus e da 350.org terão um espaço de fala durante a sessão pública de ofertas da ANP”, critica o comunicado enviado à E&P Brasil.

No ano passado, durante a sessão de ofertas da 14ª rodada, quando não foi permitido o acesso dos representantes das ONGs, o protesto acabou em conflito entre manifestantes e seguranças e organizadores do evento.

Fraturamento hidráulico

A técnica de fraturamento não é largamente utilizada no Brasil e as províncias em que já se chegou a discutir o desenvolvimento de produção de gás não convencional, bacias do Paraná e do São Francisco, não têm projetos em desenvolvimento. O uso da técnica é pontual em alguns campos de bacias maduras como no Recôncavo.

A Coesus atua para que a justiça e órgãos ambientais impeçam o uso da técnica no Brasil, defendendo que o fraturamento causa danos socioambientais e, como demanda grandes volumes de água, é um uso predatório desse recurso.

“A população já disse ‘não’ ao fracking. Desde 2012 estamos presentes em todos os leilões da ANP combatendo arduamente a exploração não convencional de gás e petróleo através dessa técnica, que nós apelidamos no Brasil de ‘gás da morte’, afirma Juliano Bueno de Araujo, fundador e coordenador nacional da Coesus.