Empresas

Silveira se diz surpreso com troca na Eletrobras

Elvira Cavalcanti Presta será substituída por Eduardo Haiama na vice-presidência Financeira; Alexandre Silveira disse que governo federal deveria ter sido avisado

Elvira Cavalcanti Presta renuncia ao cargo de vice-presidente Financeira (CFO) e de Relações com Investidores da Eletrobras e vai ser substituída por Eduardo Haiama (Foto: Divulgação)
Elvira Cavalcanti Presta renuncia ao cargo de CFO da Eletrobras e vai ser substituída por Eduardo Haiama (Foto: Divulgação)

A Eletrobras anunciou nesta terça-feira (26/9) a saída de sua vice-presidente Financeira e de Relações com Investidores Elvira Cavalcanti Presta.

A executiva entrou na companhia em 2018 como conselheira e se tornou vice-presidente no ano seguinte. Em março e abril de 2021, chegou a ocupar a presidência no lugar de Wilson Ferreira Jr.

Após receber o pedido de renúncia, o conselho de administração da companhia elegeu Eduardo Haiama para o cargo.

Enquanto Haiama não toma posse, a posição será ocupada por Élio Wolff, que acumulará a vaga com a vice-presidência de Estratégia e de Desenvolvimento de Negócios.

Haiama é Chief Financial Officer (CFO) da holding de educação YDUQS, onde entrou há pouco mais de três anos. Antes disso, teve larga experiência no setor elétrico, ao ocupar por 11 anos o mesmo cargo na Equatorial Energia.

Formado em Engenharia Elétrica pela USP, começou a carreira como analista do Banco Pactual.

Eduardo Hayama discute a queima de bagaço da cana durante o seminário sobre energia limpa na Alesp "O Problema como Parte da Solução: Aproveitamento Energético de Resíduos", em 1/10/2007 (Foto: Alesp)
Eduardo Hayama fala durante seminário sobre energia limpa na Alesp (Foto: Alesp)

Silveira se diz surpreso

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que ficou surpreso ao ver a notícia da mudança na diretoria da Eletrobras. Ele falou com jornalistas em após o lançamento do Poste Legal, um programa de compartilhamento de postes entre as concessionárias de energia elétrica e as empresas de telecomunicações.

“Eu fui, mais uma vez, surpreendido pela imprensa com a mudança da diretora CFO da Eletrobras, numa demonstração de que as críticas que eu tenho feito sobre a relação da Eletrobras com o governo federal são oportunas e têm fundamento, porque a maior empresa de transmissão de geração de energia do Brasil tem que ter, e onde é importante ressaltar, o governo federal tem mais de 40% das ações da empresa, ela tem uma responsabilidade de ter, no mínimo, mais respeito com a União, porque o governo federal representa a população brasileira”, disse o ministro.

“Temos tido feito, na nossa avaliação, com muito vigor e contundência, duras críticas ao modelo de privatização da Eletrobras. O setor elétrico é um setor estratégico (…) é um setor extremamente essencial à vida das pessoas, ao desenvolvimento nacional e, portanto, uma relação mais próxima, uma relação de sintonia maior entre o governo, que é o formulador de política pública, entre as agências reguladoras, que têm o dever de fazer toda a regulação e fiscalização do setor da maior empresa de energia do Brasil, é fundamental.”