RIO – As ações da Petrobras negociadas na bolsa de São Paulo registram forte alta na manhã desta segunda (31/7), no primeiro pregão após anunciar o corte de 25% na política de remuneração de acionistas.
As ações sobem 4,75% (PETR3) e 3,83% (PETR4) às 13h00, batendo o índice Ibovespa na B3 (+1,49%) e as petroleiras independentes Prio (+1,15%), 3R Petroleum (0,34%), Petroreconcavo (0,22%) e Enauta (0,94%).
O setor vem embalado pela alta nos preços do petróleo por cinco semanas seguidas. A cotação do Brent, referência para os negócios no Brasil, acumula alta de mais de 13% em julho.
O corte nos dividendos é promessa de campanha cumprida pela nova administração da companhia após a vitória de Lula em 2022.
Estava na ordem do dia de Jean Paul Prates desde antes da posse, no roadshow que o então senador e atual CEO fez com o mercado financeiro para sinalizar o que seria feito na Petrobras.
E repete o “fim do PPI”, em maio. Após anunciar que os preços da Petrobras deixaram de estar subordinados à paridade de importação, os papéis da companhia subiram mais de 2% no pregão de 16 de maio.
Relatórios de bancos que cobrem a Petrobras destacaram o alinhamento da nova política às empresas de óleo e gás do porte da empresa pública brasileira.
O ponto fora da curva foi 2022, quando a Petrobras pagou R$ 216 bilhões em dividendos, mais que lucro do ano, de R$ 188 bilhões, e liderou o ranking global do setor. Setores do governo passado confiavam que 2023 seria a oportunidade para começar a privatização da Petrobras.
Na sexta (28/7), o conselho aprovou a redução em 25% da parcela do fluxo de caixa livre destinado ao pagamento de dividendos, de 60% para 45%.
A remuneração mínima anual quando a cotação média do Brent superar os US$ 40 por barril é de US$ 4 bilhões.
No novo conjunto de regras, está prevista a recompra para retirada de circulação de ações da companhia, alternativa para remuneração dos acionistas.