Biocombustíveis

Aumento da mistura do biodiesel é o "melhor caminho para o Brasil", diz Renan Filho

Expectativa é que o tema entre na pauta da próxima reunião do CNPE, na sexta-feira

O ministro dos Transportes, Renan Filho, defende aumento da mistura do biodiesel ( Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O ministro dos Transportes, Renan Filho, defende aumento da mistura do biodiesel ( Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

BRASÍLIA — O ministro dos Transportes, Renan Filho, defendeu que o aumento do percentual de biodiesel na mistura obrigatória com o diesel “é o melhor caminho para o Brasil”. Ele disse, contudo, que o assunto ainda precisa passar por debate dentro do governo e ser conversado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A expectativa é que o tema entre na pauta da próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), prevista para sexta-feira (17) ´– e que a mistura obrigatória de biodiesel seja gradualmente elevada, primeiramente para 12%.

“Me comprometi com eles a fazer um debate dentro do governo para a gente encontrar um caminho e ampliar a produção de biodiesel e ampliar a presença dele na mistura”, afirmou Renan Filho, após encontro com representantes do setor, em Brasília, na terça-feira (14/03).

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As declarações do chefe da pasta dos Transportes estão alinhadas com o posicionamento do ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. No mesmo dia, durante lançamento da Frente Parlamentar Mista de Portos e Aeroportos, o vice-presidente da República também defendeu a elevação do teor de biodiesel.

“Quando você utiliza o óleo de soja, você barateia o farelo de soja. E barateia a comida: carne, ovo, tudo. Quando você esmaga a soja para fazer o farelo, sobra o óleo (…) Diminuindo o preço do farelo, você diminui o preço da carne, do ovo, do alimento”, disse.

Os ministros, contudo, evitaram antecipar os novos percentuais do biocombustível.

Renan Filho, por sua vez, destacou que o aumento da produção de biodiesel pode ajudar a gerar empregos e é um ponto de convergência entre os interesses econômicos do país e a pauta de sustentabilidade.

“Acredito que esse seja o melhor caminho para o Brasil: ajuda a gerar empregos, agregar valor na cadeia produtiva e também garante, para o país, mais sustentabilidade”, afirmou.