BRASÍLIA — A Airbus anunciou nesta quarta (11/5) a seleção da Magicall para fornecer os motores dos veículos elétricos de decolagem e pouso vertical (eVTOL) CityAirbus NextGen, os chamados ‘carros voadores’. O protótipo eVTOL da Airbus será equipado com uma versão personalizada da mais recente geração de motores elétricos fabricados pela Magicall.
Segundo a fabricante europeia de aeronaves, o sistema de propulsão elétrica customizado aumentará o desempenho do protótipo.
“Os motores elétricos são um componente importante do nosso protótipo: o elevado torque e o baixo peso, bem como a sua concepção robusta, serão altamente vantajosos para a eficiência global da aeronave”, explica Joerg P. Mueller, chefe de Mobilidade Aérea Urbana (UAM) da Airbus.
Desde 2014, a Airbus tem explorado a forma como a propulsão elétrica pode ajudar a impulsionar o desenvolvimento de novos tipos de veículos aéreos.
Em setembro de 2021, a companhia revelou o seu protótipo eVTOL totalmente elétrico, o CityAirbus NextGen. A empresa está desenvolvendo uma solução UAM com eVTOLs não só para oferecer um novo serviço de mobilidade, mas também como um passo na estratégia para reduzir as emissões na aviação, em toda a sua oferta de produtos.
Embraer já tem 1,7 mil pedidos para eVTOLs
A Eve, startup de carros voadores elétricos da Embraer, listou nesta terça (10/5) suas ações na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse), sob o código EVEX.
A startup espera alcançar liderança global em seu negócio. “Em dez anos, a Eve pode ter o tamanho da Embraer hoje”, disse o presidente da fabricante brasileira de aviões, Francisco Gomes Neto, em entrevista ao Estadão/Broadcast.
Em fevereiro, a Eve já somava 1.735 pedidos para seus eVtols, previstos para começar a operar a partir de 2026.
Os pedidos são feitos por meio de cartas de intenção não vinculantes.
Com fluxo de encomendas calculado em aproximadamente US$ 5,2 bilhões, a estimativa é que o “carro voador” responda por cerca de 55% do faturamento da Eve em 2030.
No cronograma, estão previstas 75 unidades em 2026, após liberação pelas autoridades reguladoras, e mais 1.117 em 2030.