A Movida, empresa de aluguel de carros, anunciou na quarta (15) a inauguração de sua primeira loja conceito para mobilidade elétrica, na Marginal Tietê, em São Paulo.
O espaço conta com 10 carregadores standard da Zletric, que podem carregar até 25 veículos/dia. O carregamento total é concluído em até 5 horas.
Além de um carregador ultrarrápido, da Nissan, que possibilita a carga completa em apenas 40 minutos.
Segundo Renato Franklin, CEO da Movida, a proposta é aproximar o veículo elétrico dos consumidores ampliando a infraestrutura de recarga.
O executivo afirma ainda que a companhia conta com a maior frota de veículos de passeio 100% elétrica do Brasil e tem como meta para os próximos anos aumentar em 20% a frota de veículos elétricos e híbridos, além de reduzir em 30% suas emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE).
Também planeja expandir as instalações de carregadores para o Sul do país.
“Queremos aproximar o veículo elétrico dos consumidores e a inauguração dessa loja é mais um passo na oferta de infraestrutura de recarga para maior inserção de veículos elétricos no país”.
Venda de elétricos atinge recorde em 2021
A venda de veículos eletrificados no Brasil superou em novembro a marca dos 30 mil – um novo recorde de vendas de automóveis e comerciais leves do segmento no mercado doméstico, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).
Com isso, o total de automóveis e comerciais leves eletrificados em circulação no Brasil chega a quase 73 mil.
Apenas em novembro, mais de 3,5 mil veículos elétricos foram emplacados, um recorde também de 2,1% de market share sobre a venda mensal de veículos no mercado brasileiro (161.027, segundo a Fenabrave).
O resultado de novembro foi ainda 26% superior ao de outubro deste ano (2.787) e 57% superior ao de novembro de 2020 (2.231).
De acordo com a ABVE, o destaque ficou para o desempenho dos veículos totalmente a bateria (BEVs), que já venderam 2.137 unidades de janeiro a novembro e devem chegar a dezembro com o triplo de emplacamentos de 2020 (que foi de 801).
“É uma tendência que deve se repetir nos próximos anos e em 2025 pode haver um aumento ainda maior”, comenta Carlos Gabriel Bianchin, pesquisador especialista do Centro de Ciência e Tecnologia Lactec.
Os grandes gargalos para o crescimento desse modal são preço e infraestrutura de recarga, avalia Bianchin.
O investimento inicial em um carro elétrico com autonomia de 300 a 350 km se aproxima dos R$ 200 mil, enquanto um veículo movido a combustível fóssil, de mesmo rendimento, pode custar a partir de R$ 40 mil, menos de um quarto do valor.