A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou na quarta (8) projeto de lei para conceder isenção do pagamento do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) aos veículos elétricos e híbridos.
O texto aprovado reúne os PLs 220/15, do deputado Rafael Prudente (MDB); 463/19, do deputado Eduardo Pedrosa (DEM); e 1388/20, do deputado Delmasso (Republicanos).
A redação final foi aprovada em segundo turno com 17 votos a favor e nenhum contra. Segue agora para a sanção do governador Ibaneis Rocha (MDB).
Segundo a proposta, a isenção do IPVA será concedida aos “automóveis movidos a motor elétrico, inclusive os denominados híbridos, movidos a motores a combustão e, também, a motor elétrico”.
Elétricos têm recorde de vendas em 2021
De janeiro a outubro de 2021, foram vendidos 27.097 veículos elétricos no Brasil e o número pode chegar a 30 mil até o fim do ano. Trata-se de um recorde de vendas desse modal no país e um aumento de 74% em relação a 2020. Os dados são da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).
O crescimento acompanha uma tendência global.
Em 2020, os registros de carros elétricos aumentaram 41% em todo o mundo, apesar da desaceleração mundial nas vendas de automóveis por causa da pandemia de covid-19.
No final do ano passado, 10 milhões de carros elétricos transitavam no mundo, após uma década de rápido crescimento, mostra a Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês).
Em um cenário em que as montadoras se adiantam para baratear os custos de produção desses veículos e torná-lo mais competitivo financeiramente, apesar da pandemia, o mercado já tinha expectativas positivas em relação ao volume de vendas do setor.
“É uma tendência que deve se repetir nos próximos anos e em 2025 pode haver um aumento ainda maior”, comenta Carlos Gabriel Bianchin, pesquisador especialista do centro de ciência e tecnologia Lactec.
Os grandes gargalos para o crescimento desse modal são preço e infraestrutura de recarga, avalia Bianchin.
O investimento inicial em um carro elétrico com autonomia de 300 a 350 km se aproxima dos R$ 200 mil, enquanto um veículo movido a combustível fóssil, de mesmo rendimento, pode custar a partir de R$ 40 mil, menos de um quarto do valor.
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