Consulta pública

MME abre consulta sobre transparência do CMSE em despachos de geração

Diretrizes propostas estabelecem que, antes da autorização do despacho, ONS deve apresentar estudos sobre condições de atendimento ao SIN

Vista das instalações da termelétrica GNA II, no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), em 28 de julho de 2025 (Foto Ricardo Stuckert/PR)
Usina termelétrica GNA II, no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), tem capacidade para atender 8 milhões de residências (Foto Ricardo Stuckert/PR)

BELO HORIZONTE  — O Ministério de Minas e Energia (MME) abriu, nesta quinta-feira (21/8), uma consulta pública sobre diretrizes para a transparência das decisões do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) sobre o despacho de geração para garantia de suprimento energético.

As diretrizes propostas estabelecem que, antes da autorização do despacho, devem ser adotados uma série de procedimentos.

Entre eles está a utilização da Curva Referencial de Armazenamento (CRef) como instrumento de apoio à tomada de decisão e a apresentação pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) de estudos considerando as condições de atendimento ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e justificativas à alternativa recomendada. 

Além disso, deve ser apresentada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) uma análise dos impactos financeiros estimados para as propostas de medidas.

As contribuições à consulta podem ser feitas neste link.

CMSE despacha antecipadamente dez termelétricas

Em maio, o CMSE aprovou a antecipação para agosto de 2025 da operação de dez usinas termelétricas, totalizando 2,2 gigawatts (GW) de potência instalada. 

Essas usinas, movidas a gás natural, óleo diesel e óleo combustível, foram vencedoras do leilão de reserva de capacidade de 2021, com contratos originalmente previstos para julho de 2026.

São elas:

  • Parnaíba IV (56,28 MW);
  • Potiguar (48,14 MW); 
  • Potiguar III (51,46 MW);
  • Global I (136,4 MW);
  • Global II (136,4 MW);
  • Viana (174,6 MW); 
  • Geramar I (165,87 MW);
  • Geramar II (165,87 MW);
  • Termorio (1 GW);
  • Ibirité (226 MW).

A decisão busca reduzir o risco de déficit no suprimento de potência no sistema elétrico, principalmente após o cancelamento do novo leilão de reserva de capacidade, que estava previsto para ocorrer em maio.

O MME decidiu revogar a portarias com as diretrizes do leilão, após uma série de ações judiciais contra as regras originais da concorrência, que visava a contratar térmicas existentes e novas, além da ampliação da capacidade de hidrelétricas.

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