Recursos minerais estratégicos

Criada a Frente Parlamentar em Defesa das Terras Raras Brasileiras

Grupo busca debater marco regulatório e fortalecer soberania sobre recursos minerais estratégicos

Sessão plenária do Senado que aprovou a criação da frente parlamentar em defesa das terras raras, em 20 de agosto de 2025 (Foto Waldemir Barreto/Agência Senado)
Senado aprova a criação da frente parlamentar em defesa das terras raras, em 20 de agosto de 2025 (Foto Waldemir Barreto/Agência Senado)

O Plenário do Senado aprovou na quarta-feira (20/8) o projeto de resolução que cria a Frente Parlamentar em Defesa das Terras Raras Brasileiras (PRS 31/2025).

Proposta pelo senador Nelsinho Trad (PSD/MS), a matéria já havia sido aprovada mais cedo na Comissão de Relações Exteriores (CRE), onde recebeu parecer favorável do senador Hamilton Mourão (Republicanos/RS).

Segundo o texto, a frente terá caráter suprapartidário e será composta pelos senadores e senadoras que assinarem a sua constituição.

Entre os objetivos da frente, estão a promoção do debate estratégico sobre a exploração das terras raras no Brasil, o fortalecimento da soberania nacional sobre recursos minerais estratégicos e a proposição de um marco regulatório para o setor.

Na justificativa do projeto, Nelsinho explica que os metais de terras raras são usados para produzir componentes de alta tecnologia, tais como ímãs permanentes, baterias recarregáveis, turbinas eólicas, painéis solares e equipamentos médicos.

Ele avalia que, apesar de o Brasil ter depósitos importantes desses elementos, o país ainda ocupa posição marginal na cadeia global de produção e beneficiamento.

De acordo com Nelsinho, a frente parlamentar pretende contribuir decisivamente para colocar o Brasil na vanguarda da governança global sobre recursos críticos, “promovendo políticas que conectem nosso potencial geológico à geração de riqueza, inovação e desenvolvimento sustentável”.

Em seu relatório, Mourão registrou que o mercado atual de terras raras concentra a produção e o refino em poucos países, citando como exemplo a China, que domina 69% da produção global e 85% do refino desses metais, além de 90% da fabricação de ímãs permanentes.

Por isso, Mourão afirma considerar importante que o Brasil fomente as condições de produção e as parcerias comerciais. “A proposição é vital para a defesa dos recursos críticos brasileiros e, em última análise, da própria soberania nacional”, conclui o relator.

A matéria segue agora para promulgação. 

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