Integração regional

MGás faz seu primeiro teste de importação de gás argentino

É a terceira comercializadora a anunciar, este mês, uma operação piloto de importação do país vizinho

Exploração de gás pela Pluspetrol na província de Vaca Muerta, na Argentina (Foto Divulgação)
Exploração de gás pela Pluspetrol na província de Vaca Muerta, na Argentina (Foto Divulgação)

RIO — A MGás, joint venture entre o grupo J&F e a Inner Grow, realiza nesta quinta-feira (17/4) a sua primeira operação piloto de importação de gás natural da Argentina, via Bolívia.

É a terceira comercializadora brasileira a anunciar testes de importação de gás argentino este mês: a MTX Comercializadora de Gás Natural, subsidiária da Matrix Energy, e Edge, do grupo Compass, também fizeram o mesmo movimento.

“Realizamos nosso primeiro piloto com gás argentino, pois acreditamos que a oferta de gás do país vizinho pode vir a oferecer vantagens competitivas, principalmente se concluídos os investimentos necessários a um fluxo de suprimento contínuo e de grande escala, afirmou o diretor de Operações da MGás, Henrique Baeta, em nota.

A companhia tem, hoje, acordos de suprimento com Tecpetrol, TotalEnergies e Oilstone Energía na Argentina. A comercializadora não informou a origem do gás importado na operação desta quinta.

A MGás destacou que trabalha no desenvolvimento de um portfólio tanto para o abastecimento de suas térmicas, quanto para o fornecimento a clientes industriais no mercado livre de gás natural.

A comercializadora atende, hoje, clientes do setor ceramista e a Seara Alimentos, por exemplo, de acordo com levantamento da agência eixos.

MGás também mira GNL argentino

A companhia informou, em nota, que a perspectiva é importar mais volumes da Argentina a longo prazo e que também planeja trazer cargas de gás natural liquefeito (GNL) do país vizinho a partir de 2027 — para além das rotas via Bolívia e Uruguaiana (RS), por gasodutos.

“Como comercializadores, queremos ampliar a oferta no mercado brasileiro e motivar os investimentos em ampliação da infraestrutura de dutos de transporte no país”, complementou Baeta.

A MGás mira o gás argentino como uma fonte de suprimento importante para as termelétricas do grupo.

Para o leilão de reserva de capacidade (LRCAP) de junho, posteriormente cancelado, a J&F assinou termos de compromisso com produtores argentinos para importação de até 11,75 milhões de m³/dia, para atendimento das UTEs Araucária (484 MW/PR), Santa Cruz (500 MW/RJ), Cuiabá (350 MW/MT) e Uruguaiana (640 MW/RS).

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