Consumo de petróleo

Saudi Aramco vê 'boa demanda' de petróleo da China em 2025, diz CEO

Amin Nasser destaca crescimento na China e Índia, ajustes na produção saudita e impacto inicial de sanções dos EUA sobre petroleiros russos

Amin H. Nasser, CEO da Saudi Aramco, durante a sessão "The Global Energy Challenge" na Reunião Anual do Fórum Econômico Mundial 2020, em Davos, Suíça (Foto Walter Duerst/WEF)
Amin H. Nasser durante a sessão "The Global Energy Challenge" no Fórum Econômico Mundial 2020, em Davos, Suíça | Foto Walter Duerst/WEF

O CEO da Saudi Aramco, Amin Nasser, afirmou que a empresa continua a observar uma “boa demanda” de petróleo da China e da Índia, com a maior parte do crescimento do mercado vindo da Ásia.

A fala foi durante uma entrevista à Bloomberg na qual ele abordou as perspectivas para o mercado de petróleo em 2025, o impacto das sanções dos Estados Unidos sobre os petroleiros russos e o papel da Aramco em atender à demanda global.

“Estamos vendo ainda a maior parte do crescimento vindo da Ásia, particularmente da China e da Índia“, afirmou Nasser. “No caso da China, há um crescimento expressivo mesmo com o avanço dos veículos elétricos. Isso se deve à necessidade de petróleo como matéria-prima para painéis solares, fibras de carbono e outros materiais essenciais para a transição energética.”

Segundo o CEO, a Aramco está ajustando sua produção de acordo com as metas estabelecidas pelo Ministério de Energia da Arábia Saudita, que busca equilibrar o mercado global de petróleo. “Temos uma capacidade excedente que pode ser ativada rapidamente dependendo das necessidades do mercado”, destacou.

Sobre as sanções dos EUA que afetam os petroleiros russos, Nasser afirmou que o impacto ainda está em estágio inicial. “Aguardaremos para ver como isso se traduzirá em uma possível restrição no mercado.”

Ao ser questionado sobre recentes decisões energéticas do governo dos EUA, Nasser defendeu que “todas as fontes de energia estejam disponíveis enquanto continuamos a descarbonizar” para garantir um acesso energético seguro e sustentável, afirmando que há espaço para o consumo de petróleo conforme pesquisas sobre outras fontes limpas avançam.

Em entrevista separada, à Reuters, o CEO projetou que a demanda global por petróleo deverá crescer 1,3 milhão de barris em 2025. Ambas as entrevistas aconteceram nos arredores do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

A Saudi Aramco é estatal da Arábia Saudita, integrante da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e uma das maiores exportadores da commodity no mundo.

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