BRASÍLIA – A Pré-sal Petróleo S.A. (PPSA) anunciou a venda de 2,5 milhões de barris de petróleo, em cinco cargas. A comercialização será dividida em dois lotes: o primeiro com uma carga de 500 mil barris e previsão de entrega para dezembro, e o segundo com estimativa de dois milhões de barris e carregamento entre janeiro e abril de 2025.
O processo será aberto no dia 30 de outubro e todas as empresas que atuam no pré-sal serão convidadas a participar, além da Prio e da Refinaria de Mataripe. O modelo tem sido adotado pela PPSA para a comercialização de cargas spot (à vista), adotando como referência o preço do barril Brent datado.
Esta é a quarta comercialização de cargas de petróleo da União no mercado spot em 2024. Nas negociações anteriores, as propostas vencedoras foram da CNOOC, Refinaria de Mataripe, Petrobras e Galp.
Durante a ROG.e, a diretora-técnica e presidente interina da PPSA, Tabita Loureiro, disse que a estatal pretende realizar o seu primeiro leilão de gás no segundo semestre de 2025.
A realização do certame ainda depende da estratégia que será adotada e de definições internas por parte do Ministério de Minas e Energia (MME).
Segundo Loureiro, ainda é preciso definir se a venda será da produção anualizada — a exemplo das cargas de petróleo vendidas neste ano em leilão na B3 — ou se serão contratos de longo prazo, podendo chegar a cinco anos da produção de gás da União.
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Contratação de infraestrutura de gás
Recentemente, o governo mudou as regras para autorizar a PPSA a contratar serviços de escoamento e processamento para, ao cabo, ofertar o gás natural diretamente ao mercado.
Pela nova regra, a estatal pode contratar essas estruturas e comercializar o gás natural, gás liquefeito de petróleo (GLP) e demais líquidos produzidos pelo processamento do gás no mercado nacional. É necessária a constatação da viabilidade técnica e econômica, na modalidade de venda direta.
Os custos com a contratação dos serviços serão tratados como gastos diretamente relacionados com a comercialização do gás natural da União, considerando os impactos no Fundo Social do Pré-sal. O objetivo é ampliar a cadeia de refino e petroquímica.
Na realização dos estudos, a PPSA deverá apresentar as condições necessárias para a viabilização técnica e econômica dos leilões de contrato de longo prazo, além de sugerir as condições de comercialização.
A resolução aprovada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) também autorizou a PPSA a realizar estudos sobre a viabilidade técnica e econômica para a execução de leilão de contrato de longo prazo para refino de petróleo da União, com o apoio técnico da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e sob a coordenação do MME.
