Alerj vai recorrer de decisão do STF contra o impeachment de Witzel

Ordem do dia nesta terça-feira (13/3). Foto: Thiago Lontra/Alerj
Ordem do dia nesta terça-feira (13/3). Foto: Thiago Lontra/Alerj

RIO – A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) vai recorrer da decisão liminar do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, que determinou que a comissão formada para analisar o processo de impeachment do governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), fosse desfeita.

Toffoli atendeu nesta segunda (27) a um recurso da defesa de Witzel e determinou que a Alerj monte outra comissão que atenda à proporcionalidade das bancadas partidárias na Assembleia.

A Alerj vai argumentar que o rito processual do impeachment está atendendo à Lei 1079/1950, mantendo o critério de garantir a representação de todos os partidos na comissão especial que analisa a denúncia. Uma reunião entre os líderes partidários da Alerj vai definir a data em que o recurso será apresentado.

Se a comissão fosse mantida, o governador tinha até a próxima quinta-feira (30) para entregar sua defesa na Assembleia.

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Witzel abre espaço para indicados de deputados

Enquanto tenta derrubar o processo de impeachment no Supremo, Witzel também tem manobrado para tentar recompor uma base aliada na Assembleia. Na semana passada o governador trouxe de volta para sua Casa Civil o ex-deputado federal André Moura, indicado político do presidente nacional do PSC, Pastor Everaldo. Moura era considerado pelos deputados como o melhor interlocutor do Palácio Guanabara na Alerj até ter sido dispensado pelo próprio Witzel, em maio.

O movimento, que envolveu uma articulação do vice-governador, Cláudio Castro (PSC), busca reaproximar Witzel do próprio partido, que após a saída de Moura havia entregado os cargos de líder e vice-líder na Alerj.

No último mês o governador também exonerou o presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea); do Detro, departamento que fiscaliza o transporte rodoviário no Estado, e da Lorterj, o serviço de loterias do Rio. As exonerações abriram espaço para novas indicações, vistas por deputados estaduais como uma ofensiva para reverter votos no processo. O pedido de impeachment de Witzel foi aceito na Alerj com 74 votos a favor e uma abstenção.

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