China bate recorde de importações de óleo em maio

Bandeira da China hasteada e tremulando ao vendo na Grande Muralha, próximo a Pequim; ao fundo montanha coberta por vegetação e céu azul claro (Foto: Isac Nóbrega/PR)
Bandeira da China (Foto: Isac Nóbrega/PR)

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Felipe Maciel, Guilherme Serodio e Larissa Fafá
Editada por Gustavo Gaudarde
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China bate recorde de importações de petróleo em maio, com crescimento de 19,2% na comparação anual, refletindo os baixos preços do petróleo no período e a retomada das atividades, após relaxamento de medidas de proteção contra o coronavírus.

— Foram importados 11,3 milhões de barris por dia (b/d), segundo cálculos da Reuters, na comparação com 9,84 milhões de (b/d) no mês anterior e 9,47 milhões de (b/d) em 2019.

— Semana passada, a Petrobras anunciou novo recorde de exportações de óleo combustível em maio, com embarques de 1,11 milhão de toneladas, 10% maior que o recorde anterior, em fevereiro. Na comparação com maio de 2019, mercado cresceu 231%

— Reflexo da IMO 2020, que reduziu de 3,5% para 0,5% o limite de teor de enxofre no óleo combustível naval (bunker).

Os preços do petróleo buscam um ajuste após o fim das especulações sobre o acordo do OPEP+ – liderado por Rússia e Arábia Saudita, grupo decidiu prorrogar o corte de 9,7 milhões de barris/dia para julho. Investing.com

— Brent negociado em baixa após a abertura do mercado, chegando a US$ 41,47 por barril, frente ao fechamento anterior, de US$ 42,30. Nos EUA, WTI foi a US$ 38,50, frente a US$ 39,55 por barril. Cotações do mercado futuro.

— Arábia Saudita, que havia anunciado corte adicional de produção, vai suspender a medida e aderir a sua cota inicial. Após reunião no fim de semana, membros da OPEP reforçaram a necessidade de os países cumprirem com a sua parcela do acordo – estimativas dão conta que, em maio, corte se aproximou de 90% do previsto. Como não há mecanismos formais de fiscalização, número foi positivo para o mercado.

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Os preços finais dos combustíveis automotivos encerraram o ciclo de desvalorização na última semana de maio, mês em que a Petrobras reajustou para cima a gasolina e o diesel. Informações do relatório semanal da ANP (.pdf)

— Gasolina comum ficou 0,84% mais cara, após 17 semanas seguidas de baixa. Custou R$ 3,835 na média nacional. No período de queda, acumulou desvalorização de mais de 17%, muito inferior aos cortes da Petrobras, da ordem de 30% neste ano.

— Situação similar para o etanol hidratado: foram dez semanas seguidas de queda nos preços, acumulando baixa de 12,9%, interrompias por alta de 0,47% na semana encerrada dia 30 de maio. Na média, litro custou R$ 2,542.

— Diesel: 17 semanas de desvalorização (-20,9% acumulado), interrompidas por alta de 0,07%. Média de R$ 3,009 por litro. Segue a lógica da gasolina: cortes da Petrobras parcialmente represados e preços voltam a subir após reajuste da petroleira em maio.

O consumo de gás natural pode retrair até 10% em 2020, com demanda menor da indústria e do setor elétrico, de acordo com estimativa da consultoria Roland Berger.

— A demanda para geração termelétrica pode cair 19% no ano e os outros segmentos, 3,9%. Valor

ANP reduziu obrigação de compra de etanol anidro, que é misturado na gasolina, em resposta à covid-19. Decisão publicada hoje corta em 16% o volume de combustíveis comercializados em 2019 no cálculo das obrigações para este ano.

— Medida é “em caráter excepcional e exclusivamente para a safra 2020/2021 (…) Tal medida decorreu da verificação de queda na demanda por gasolina C [comum], em razão da pandemia da covid-19, que trouxe consequências para a economia e para a demanda de combustíveis no país”, reforçou a agência, em nota.

Diretoria da ANP discute nesta segunda (8) o mercado de querosene de aviação. Em fevereiro, antes da crise, a agência, os ministério de Infraestrutura e Minas e Energia e o Cade iniciaram avaliações para liberar o Jet A, para competir com o Jet A1, único autorizado no país – no Cade, há avaliações sobre concentração de mercado.

BR Distribuída conclui a operação que levará à saída da CDGN Logística, que atua no mercado de gás natural comprimido (GNC). Com o fechamento do negócio, MDC I Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia passará a deter 100% da companhia. Negócio de  R$ 25,8 milhões, com transferência de 49% da participação da BR Distribuidora.

BNDES deve disponibilizar R$ 4 bilhões em créditos para montadoras de veículos instaladas no Brasil, por cada empresa beneficiada. Elas queriam mais, de R$ 5 bilhões e R$ 7 bilhões, mas negociação avançou para exigências de aportes das matrizes.

— Ao contrário do pacote para aéreas (garantia por ações), setor elétrico (por ativos regulatórios) e etanol (warrantagem), estratégia para as montadoras é usar linhas existentes (Finame e exportações) para cobrir 30% do crédito e o restante será contratado por meio do consórcio de bancos privados. Informações da Folha

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