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Produtores do shale americano, ainda que pontualmente, começam a reativar poços diante da recuperação dos preços do petróleo para o patamar de US$ 25-US$ 30 por barril. Produtores americanos não estão presos a um acordo formal de controle de produção, que tem impedimentos legais no país.

— Motivados por ganhos imediatos, dada a falta de clareza nos cenários de longo prazo, empresas sinalizam que podem retornar a lógica que tanto desagradou sauditas e russos – enquanto eles cortam produção para sustentar preços, americanos tomam mercado com shale. Análise de Barani Krishnan/Investing.com

— A contagem de sondas em operação nos EUA (Rig Count, da Baker Hughes) registra queda de 504 equipamentos em 9 de abril para 292 em 8 de maio. Analistas projetam manutenção do número de sondas semana de 15 de maio.

— Na terça (13) a agência EIA atualiza o panorama semanal da produção doméstica dos EUA. Na semana encerrada em 1º de maio, as refinarias americanas processaram 13 milhões de barris/dia de óleo, aumento de 216 mil barris/dia, com produção doméstica recuando 200 mil barris/dia para 11,9 milhões de barris/dia.

Os estoques de petróleo na China pararam de crescer em abril, apontam consultorias à Bloomberg. Estimativa é que volume armazenado caiu 9,5 milhões de barris no mês, com refinarias consumindo o óleo barato comprado durante a fase mais aguda da disputa comercial liderada por Arábia Saudita e Rússia. Bloomberg/Valor

Cotações do Brent em alta nesta terça (12), chegando a US$ 30,56 no mercado futuro. Nos EUA, WTI abriu com valorização de quase 6%, a US$ 25,52. Mercado se equilibra entre a ampliação de compromissos de controle de produção por países do Golfo Pérsico e a avaliação  de risco entre fim do isolamento em grandes mercados e recrudescimento da pandemia.

— Sem falar na eterna disputa comercial EUA x China. Na segunda (11), Donald Trump afirmou que não tem interesse em renegociar, dada a crise, a Fase 1 do acordo – a primeira etapa que previa condições para alívio de tarifas em troca do aumento das correntes de comércio dos países. Trump diz que vai romper os compromissos se a China não elevar as compras de produtos americanos. Reuters

— Epicentro da pandemia de covid-19 e um dos primeiros países a conter a doença, a China lida com o risco de uma 2ª onda, após novos casos na província de Hubei. o governo central do país anunciou que vai testar toda a população da cidade de Wuhan, em dez dias. São 11 milhões de pessoas na região mais afetada pelo novo coronavírus. Reuters

As exportação de petróleo atingiram 308 mil toneladas por dia na primeira semana de maio, aumento anual de 40,4%, puxadas pela demanda da China. Preços do óleo exportado, contudo, foi 50% menor. Embarques puxados pela demanda chinesa.

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A Saudi Aramco registrou um lucro líquido US$ 16,7 bilhões no primeiro trimestre, queda de 25% na comparação anual, com receita 16% menor, de US$ 60 bilhões. Investimentos no ano são projetados entre US$ 25 bilhões e US$ 30 bilhões, ante US$ 32,8 bilhões em 2019.

— Com capita aberto na bolsa de Riade desde o fim do ano passado, a companhia é peça-chave na estratégia de intervenção do reino saudita no mercado mundial de óleo. Valor

A Ecopetrol está buscando opções de armazenamento de petróleo em navios, devido a gargalos na capacidade de tancagem da produção em terra. Companhia colombiana informou que cerca de 300 poços foram desativados, mas a operação é sustentável com Brent a US$ 30.

— Produção da Ecopetrol no primeiro trimestre cresceu na média, para 735 mil barris de óleo equivalentes (boe) por dia, frente a 728 mil no ano passado; refino caiu para 345 mil barris/dia, de 351 barris/dia. Argus

Consultoria BrainMarket estima que 45 mil empregos estão em jogo com cortes de produção da Petrobras e revisão de contratos, avaliados em R$6 bilhões, envolvendo 300 fornecedores de serviços de manutenção.

— “Até o momento a Petrobras apenas formalizou para cada contratada que a pandemia é um caso fortuito de força maior, e que estes impactos financeiros deverão ser suportados por cada uma das partes. As empresas não sabem o que fazer. Corremos o risco iminente de uma demissão em massa”, afirmou Eduardo Aragon, diretor da BrainMarket, ao jornal O Globo.

Para o setor elétrico, bancos sinalizam ao governo que aceitam emprestar dinheiro para as distribuidoras com custo de CDI + 2% a 2,5% ao ano. Governo tentar reduzir spread para 1,5% – negociação partiu de 4%, com redução de custo viabilizada pela garantia de recebimento, já que custos serão transferidos, em parte, para a tarifa de energia. Informação da Coluna do Broadcast/Estadão

— A versão atual do decreto que regulamenta a Conta-COVID separa as medidas emergenciais de eventuais pedidos de reequilíbrio econômico-financeiro dos contratos de distribuição, em decorrência da pandemia. Distribuidoras tentam antecipar discussão, mas governo quer manter rito normal, que precisará ser discutido na Aneel.

— Outra questão é cobertura de inadimplência: se será incluída na Conta-COVID e, caso seja, se vai cobrir todo o valor faturado e não pago ou apenas o atribuído à crise. Inadimplência saltou de menos de 5%, no pré-crise, para mais de 13%. Impacto da ordem de R$ 3 bilhões.

— O pacote de empréstimos deve ser fechado nesta terça. Consórcio de bancos coordenado pelo BNDES terá participação de Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil. Gestão da Conta-COVID será feita por CCEE, com homologação dos repasses pela Aneel. Valor

— Informações do jornal reforçam expectativa que montante será menor do que o estimado inicialmente, entre R$ 15 bilhões e R$ 17 bilhões – Estadão publica que será de até R$ 12 bilhões.

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