Macaé instala barreiras sanitárias; "cidade está parada, nada vai funcionar", diz prefeito

Macaé instala barreiras sanitárias; "cidade está parada, nada vai funcionar", diz prefeito

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Felipe Maciel, Guilherme Serodio e Larissa Fafá
Editada por Gustavo Gaudarde
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 Prefeitura de Macaé, polo da atividade petrolífera na Bacia de Campos, instala nesta segunda (23) barreiras sanitárias na cidade. Agentes municipais de saúde e da Guarda Municipal vão atuar nas rotas de acesso ao Parque de Tubos, ao terminal de Cabiúnas, na RJ–168, no aeroporto e na rodoviária de Macaé.

— Decreto municipal (.pdf) suspendeu por uma semana, até 29 de março, todas as atividades públicas e privadas e cultos religiosos. Explicita que a suspensão vale para a indústria de óleo e gás, em terra (onshore) e que não será permitido o “desembarque ou acesso de pessoas portadoras de sintomas compatíveis com coronavírus [a covid-19] no município de Macaé” .

— “Cada pessoa que vier de outras cidades, que passe por Cabiúnas, Parque de Tubos e pela RJ 168, vai passar pelas barreiras. É para dizer para as pessoas que Macaé está parada. Nada vai funcionar”, afirmou o prefeito da cidade, Dr. Aluizio, em comunicado da prefeitura.

— Nas barreiras, serão verificação sintomas como tosse, coriza ou dificuldade para respirar, temperatura corporal e aplicados questionamentos sobre a circulação e contatos das pessoas nos últimos 14 dias.

A Petrobras desembarcou oito funcionários da P-67, entre os sexta (21) e sábado (22), seguindo um protocolo médico de retirar das plataformas, preventivamente, pessoas que apresentem sintomas compatíveis com a covid-19 para acompanhamento em terra. A plataforma produz no campo de Lula, Bacia de Santos.

— “A Petrobras reforça que colaboradores a bordo que apresentem qualquer sintoma relacionado ao coronavírus são imediatamente desembarcados e seu estado de saúde é acompanhado em terra. Também é realizado o monitoramento de pessoas que tiveram contato próximo a eles”.

— A petroleira adotou novas medidas na semana passada para evitar que o vírus se espalhe em plataformas offshore, entre elas o isolamento prévio por sete dias antes do embarque e verificação do estado de saúde dos funcionários identificar casos suspeitos.

— Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os sintomas mais comuns de covid-19 são febre, fadiga e tosse seca. Alguns pacientes manifestam dores no corpo, congestão nasal, coriza, irritação na garganta ou diarreia. Algumas pessoas contraem o vírus, mas não chegam a apresentar sintomas.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) reduziu o horário obrigatório de funcionamento dos postos de combustíveis para o período de 7h00 às 19h00, de segunda a sábado. A exigência original era de funcionamento entre 06h00 e 20h00.

— A BR Distribuidora afirmou besta segunda (23) que “a evolução do surto continua volátil e há incerteza sobre seus efeitos e duração, tornando difícil, neste momento, estimar ou quantificar os potenciais impactos nos negócios da companhia”.

— Em comunicado assinado pelo direto financeiro da distribuidora, André Natal, a BR Distribuidora acrescentou que desde o dia 13 de março implementou medidas de segurança, como trabalho remoto, restrição a reuniões presenciais, viagens e eventos.

— O Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), afirmou em nota publicada no domingo (22) que conta com a articulação entre o governo federal e os estados para garantir a circulação de combustíveis e mercadorias no país.

— “Trabalhamos para assegurar que o território nacional não seja alvo de interrupção na distribuição de combustíveis líquidos e GLP. Assim, precisamos ter garantia continuada de circulação de caminhões e pessoas essenciais a esta atividade, com a segurança necessária, em todos os estados da federação”, afirma a associação.

— Na sexta (20), o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, fez a 1ª reunião com secretários estaduais de transporte, por vídeo conferencia. Tenta equacionar com os estados a restrições impostas à circulação em rodovias, portos e aeroportos.

O senador Marcos Rogério (DEM/RO) apresentou ao Ministério de Minas e Energia (MME) uma proposta de medida provisória (MP) para utilizar recursos de P&D e eficiência energética para bancar subsídios na tarifa de energia, além do orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).

— A ideia é ampliar a tarifa social de energia que beneficia quem consome até 200 kWh por mês, mas sem aumentar o orçamento da CDE para o subsídio, que é rateado entre todos os consumidores. Rogério propõe que os recursos adicionais sejam usados para descontar até 100% da conta de luz nessa faixa de consumo.

Shell e Total anunciaram cortes nos investimentos previstos para o ano. A Shell vai reduzir o orçamento de US$ 25 bilhões para US$ 20 bilhões e busca a redução de adicional de custos entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões; a Total anunciou redução de cerca de 20%, para menos de US$ 15 bilhões e a meta de reduzir de custos em US$ 500 milhões em 2020.

Futuros do Brent são negociados em baixa de cerca de 1,8% nesta segunda (23), cotados a US$ 26,50, tendo atingido a mínima de US$ 24,68 após a abertura do mercado londrino. Na sexta, contratos fecharam a US$ 26,98 (-5,23).

A Vale anunciou a compra de 5 milhões de kits para testes rápidos do novo coronavírus, que serão entregues ao governo federal. Mineradora comprou os testes na China e a primeira remessa, com 1 milhão de unidades, deve chegar ao Brasil na próxima semana. Reuters

— A companhia também anunciou a paralisação do centro de distribuição de minério de ferro na Malásia (Terminal Marítimo Teluk Rubian ou TRMT), que movimentou 23,7 milhões de toneladas em 2019. Fluxo será redirecionado para instalações na China, a partir de amanhã (24) e suspensão prevista, pelo menos, até 31 de março.

— “A Vale tomou essa decisão pois, temporariamente, não é possível garantir os recursos mínimos para operar com segurança o terminal”, informou a empresa.

No domingo (22), governo publicou a MP que autoriza empresas a suspender os contratos de trabalho e pagamentos de salário, por negociação coletiva ou individual. A proposta anunciada pelo Ministério da Economia, de autorizar redução de carga horária e salários em até 50% não consta no texto, valendo redução de 25%, por “forma maior”, prevista na CLT. Folha

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